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Juros futuros abrem em queda após ata do Copom

O recuo do CDI também estaria influenciando as taxas


	Bovespa: por volta das 10h15, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril de 2014 marcava 10,479%, de 10,492% no ajuste de ontem
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: por volta das 10h15, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril de 2014 marcava 10,479%, de 10,492% no ajuste de ontem (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 10h01.

São Paulo - Os juros futuros abriram em queda nesta quinta-feira, 23, após a divulgação da ata do Copom e da inflação pelo IPCA-15 em janeiro abaixo do piso das estimativas dos analistas. O recuo do CDI também estaria influenciando as taxas.

Com relação à ata, alguns participantes do mercado avaliaram que o documento reafirma apostas em uma elevação de 0,50 ponto porcentual da Selic no mês que vem. Porém, o documento foi incapaz de criar um consenso até o momento.

Para um experiente gestor, a ata é mais "dovish". "O principal destaque é o parágrafo 21, no qual o BC aponta um cenário mais benigno para a inflação tanto pelo lado da demanda como da oferta agregada", disse. O economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, afirmou mais cedo que a ata veio mais firme do que ele esperava, "mas o BC manteve a porta aberta para qualquer decisão".

Por volta das 10h15, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril de 2014 marcava 10,479%, de 10,492% no ajuste de ontem. A taxa do DI para janeiro de 2015 estava em 10,99%, de 11,07% no ajuste da véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 apontava 12,40%, de 12,49%. O DI para janeiro de 2021 mostrava 13,06%, de 13,10%.

Na ata do Copom, o Banco Central afirmou que as projeções para o IPCA subiram em 2014 e permanecem acima de 4,5%, tanto no cenário de mercado quanto no de referência. O BC também citou a resistência da inflação ligeiramente acima do esperado e elevou a projeção para o câmbio no cenário de referência, que passou de R$ 2,30 para R$ 2,40.

Apesar disso, a autoridade monetária manteve a expressão "neste momento" ao falar sobre o aumento de 0,5 ponto porcentual adotado na Selic em janeiro, e manteve a projeção para a alta dos preços administrados este ano em 4,5%. Além disso, o documento cita que o aumento dos salários em 2014 deve ser menor do que observado nos últimos anos.

Enquanto isso, a taxa CDI, que permaneceu em um nível elevado nos últimos dias, caiu para 10,27% de terça para quarta-feira, o que pode provoca correções nas taxas negociadas na BM&FBovespa.

Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou há pouco que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,67% em janeiro, após subir 0,75% em dezembro de 2013. O resultado ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções (0,75%).

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