Mercados

Juros fecham em alta, em sintonia com avanço do dólar

O resultado da produção industrial provocou queda na curva juros futuros na abertura, mas taxas inverteram sinal negativo e passaram a subir junto do dólar


	Bovespa: no fim da sessão, contrato de DI com vencimento em outubro de 2015 tinha taxa de 11,289%
 (Yasuyoshi/AFP Photo)

Bovespa: no fim da sessão, contrato de DI com vencimento em outubro de 2015 tinha taxa de 11,289% (Yasuyoshi/AFP Photo)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 16h17.

São Paulo - O avanço do dólar ante o real, somado à indefinição sobre a equipe econômica do governo, favoreceu a alta nas taxas de juros futuros, nesta terça-feira, 4.

O resultado da produção industrial provocou queda na curva juros futuros na abertura, mas as taxas inverteram o sinal negativo e passaram a subir, em sintonia com o movimento do dólar.

Os investidores monitoraram ainda especulações sobre a possibilidade de Henrique Meirelles ser escolhido para comandar o Ministério da Fazenda.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a produção industrial caiu 0,2% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal.

O resultado veio perto do piso do intervalo de expectativas coletadas pelo AE Projeções, que iam de queda de 0,30% até expansão de 2,00%, com mediana positiva de 0,20%.

O dado de agosto ante julho foi revisado de alta de 0,7% para avanço de 0,6%. No ano, a produção da indústria acumulou queda de 2,9%.

Antes da abertura da sessão no mercados de juros, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,37% em outubro, acelerando ante o aumento de 0,21% em setembro.

O resultado ficou no piso das previsões coletadas pelo AE Projeções (0,37% a 0,42%, com mediana de 0,40%).

No término do pregão regular na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em outubro de 2015 (104.060 contratos) tinha taxa de 11,289%, ante 11,260% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2016 (179.725 contratos) apontava 12,35%, de 12,30% na segunda-feira.

O DI para janeiro de 2017 (144.985 contratos) indicava 12,51%, de 12,39% na véspera, e o DI para janeiro de 2021 (103.995 contratos) tinha taxa de 12,29%, de 12,12% ontem.

No fim do dia, o dólar subiu 0,24%, a R$ 2,5090.

No exterior, os juros dos Treasuries perderam força após a Comissão Europeia reduzir hoje suas projeções de crescimento para a zona do euro, citando as tensões na Ucrânia e no Oriente Médio e a escassez de investimentos.

Às 16h30, o juro da T-note de dez anos era de 2,322%, ante 2,341% no fim da tarde de ontem.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

Banco Central anuncia leilão de linha com compromisso de recompra de até US$ 4 bilhões

CEO da Exxon defende que Trump mantenha EUA no Acordo de Paris

Ibovespa fechou em leve queda com incertezas fiscais e ata do Copom

SoftBank volta a registrar lucro trimestral de US$ 7,7 bilhões com recuperação de investimentos