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Juros encerram a terça-feira próximos do ajuste

Ao final da sessão regular da BM&F, a taxa dos contratos futuros de juros com vencimento em janeiro de 2013 marcava 7,25%, na máxima


	Pregão da Bovespa: a taxa do DI para janeiro de 2014 (211.500 contratos) estava em 7,75%
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Pregão da Bovespa: a taxa do DI para janeiro de 2014 (211.500 contratos) estava em 7,75% (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2012 às 17h55.

São Paulo - Os contratos futuros de juros oscilaram em margens estreitas ao longo desta terça-feira e fecharam próximos dos ajustes de segunda-feira. A agenda de indicadores esvaziada no Brasil e o otimismo cambiante no exterior deixaram o mercado à mercê dos negócios de ocasião, sem definição consistente de tendência. O foco segue voltado para o restante da semana, que reserva a divulgação de um novo pacote para impulsionar a economia brasileira e o anúncio de dados importantes de atividade.

Ao final da sessão regular da BM&F, a taxa dos contratos futuros de juros com vencimento em janeiro de 2013 (157.800 contratos) marcava 7,25%, na máxima, a mesma do ajuste de ontem. A taxa do DI para janeiro de 2014 (211.500 contratos) estava em 7,75%, também a mesma do ajuste anterior. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (42.000 contratos) tinha taxa de 9,22%, ante ajuste de 9,20%, e o DI para janeiro de 2021 (810 contratos) marcava 9,85%, de 9,84% do ajuste.

Pela manhã, o otimismo com os dados de atividade divulgados na Alemanha e na França e com as vendas no varejo dos Estados Unidos ajudou a sustentar as bolsas - o que, em tese, trazia um viés de alta para as taxas dos DIs no Brasil. No entanto, os juros chegaram a recuar tanto nos vencimentos curtos quanto nos mais longos, embora o movimento fosse contido. "É um dia atípico, porque internamente não tivemos nenhuma notícia para afetar os juros", comentou o economista-chefe da CM Capital Markets, Darwin Dib. "A volatilidade foi pequena e não dá para dizer que houve uma tendência hoje."


Na medida em que o fôlego no exterior foi diminuindo, o que fez as bolsas de Nova York caminharem para o terreno negativo no fim do dia, as taxas dos DIs se reaproximaram dos ajustes anteriores na ponta curta da curva e subiram ligeiramente na ponta mais longa. "De manhã, o mercado achou que podia haver uma piora, abriu as taxas para baixo e, depois, voltou tudo", resumiu um operador ouvido pela Agência Estado.

No horizonte próximo, o mercado segue esperando o novo pacote para impulsionar a economia, a ser divulgado na quarta-feira. Estão previstas medidas voltadas para o setor de infraestrutura, por meio do chamado Plano Nacional de Logística Integrada. Na quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anuncia os dados das vendas do varejo e junho e, na sexta-feira, o Banco Central deve anunciar seu índice de atividade (IBC-BR) para o mesmo mês. No caso do IBC-Br, a data ainda não foi confirmada.

Nesta terça-feira a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) informou que a venda de veículos importados atingiu 10.739 unidades em julho, o que representa uma queda de 41,5% ante o mesmo mês do ano passado. Em relação a junho deste ano, as vendas no mês passado recuaram 4,1%. Já a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou que o nível de emprego da indústria paulista caiu 0,16% em julho deste ano em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal.

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