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Juros dos DIs fecham em alta pela quarta sessão seguida

Na esteira da disparada do dólar e em clima de pessimismo de investidores, os juros futuros marcaram a quarta alta consecutiva


	Mercado financeiro: crise instalada entre Planalto e Congresso segue contaminando o humor dos mercados domésticos
 (Lailson Santos/Exame)

Mercado financeiro: crise instalada entre Planalto e Congresso segue contaminando o humor dos mercados domésticos (Lailson Santos/Exame)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2015 às 18h36.

São Paulo - Na esteira da disparada do dólar e em meio à continuidade da deterioração das expectativas dos investidores diante da tensão política, os juros futuros marcaram a quarta alta consecutiva nesta quinta-feira, 5.

A crise instalada entre Planalto e Congresso segue contaminando o humor dos mercados domésticos e fez o dólar à vista ultrapassar os R$ 3,00 na sessão de hoje, levando junto as taxas dos DIs.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2016 (228.365 contratos) indicava 13,33%, de 13,21% no ajuste de quarta-feira.

O DI para janeiro de 2017 (284.310 contratos) apontava 13,17%, de 13,02% no ajuste anterior.

O contrato com vencimento em janeiro de 2021 (103.915 contratos) projetava 12,69%, ante 12,53% de ontem.

O dólar à vista terminou o dia em alta de 1,01%, aos R$ 3,0090, o maior preço desde 13 de agosto de 2004 (R$ 3,021).

A crise instalada entre Planalto e Congresso ganhou um novo capítulo hoje, na primeira sessão da CPI da Petrobras. Isso porque a comissão é presidida por Hugo Motta (PMDB-PB), que é aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos nomes que vazaram da Lista de Janot.

Em represália, Cunha estaria por trás das medidas aprovadas nesta manhã durante a CPI, todas desfavoráveis ao PT e ao governo federal.

Nesta tarde, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, recebeu representantes da Standard & Poor's.

Ele tentou convencer os integrantes da agência de que, apesar da falta de apoio da base aliada, a meta de superávit primário de 1,2% do PIB este ano será entregue e que os riscos relacionados à Petrobras e ao abastecimento de energia estão controlados.

Segundo fontes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra cerca de 45 parlamentares com mandato, conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Na última quarta-feira, a PGR enviou ao Supremo 28 pedidos de abertura de inquérito envolvendo 54 investigados com ou sem foro.

Da lista de pedidos de abertura de inquérito vazaram os nomes do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ); Gleisi Hoffmann (PT-PR); Romero Jucá (PMDB-RR); Edison Lobão (PMDB-MA) e Fernando Collor (PTB-AL).

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