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Juros: DI avança com receio de Palocci deixar governo

A eventual saída do ministro da Casa Civil enfraqueceria a posição do governo em favor de cortes de gastos necessários para o combate da inflação

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2011 às 12h00.

São Paulo e Nova York - Os juros nos mercados futuros sobem na maior parte dos contratos com receio de que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, deixe o cargo, enfraquecendo a posição do governo em favor de cortes de gastos necessários para ajudar no combate da inflação.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2013 subia 1 ponto-base, para 12,51 por cento, às 10:38, e a taxa de janeiro de 2017 avançava também 1 ponto, para 12,30 por cento.

A alta dos DIs “reflete um pouco o risco de o Palocci sair” após a entrevista dada pelo ministro na sexta-feira não ter conseguido eliminar as dúvidas sobre seu aumento de patrimônio, disse Eduardo Galasini, gerente de Tesouraria do Banco Banif, em entrevista por telefone de São Paulo. “Ele não foi convincente”.

Para Galasini, os investidores temem que o ministro seja substituído por “alguém que não passe confiança” na área fiscal. “O mercado está colocando um pouco de prêmio por causa disso.”

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo deve ter subido 0,47 por cento em maio, abaixo da alta de 0,77 por cento de abril, segundo pesquisa Bloomberg com analistas de 35 instituições financeiras sobre o dado que sai amanhã. O índice anual deve se acelerar para 6,56 por cento, ante 6,51 por cento em abril, mantendo-se acima da meta de 6,5 por cento determinada pelo governo.

A reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central pode anunciar no dia 8 a quarta alta consecutiva da taxa básica, de 12 por cento para 12,25 por cento, segundo pesquisa Bloomberg. A projeção do mercado para o IPCA ficou em 6,23 por cento em 2011, ante 6,22 por cento na semana anterior, e em 5,10 por cento em 2012, estável, segundo a pesquisa Focus do Banco Central divulgada hoje.

Os juros futuros passaram a subir no fim do dia na sexta- feira, com o PIB maior no primeiro trimestre, na comparação com o ano anterior e após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter dito que o governo não estuda novas medidas macroprudenciais contra a inflação.

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