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Juros curtos ficam estáveis e longos recuam levemente

Logo cedo, saiu o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), que subiu 0,27% em setembro e ficou levemente abaixo da mediana das projeções


	Painel da Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (183.670 contratos) marcava 9,24%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Painel da Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (183.670 contratos) marcava 9,24% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 17h06.

São Paulo - Em um dia de indicadores em linha com o esperado, as taxas futuras de curto prazo ficaram estáveis, enquanto as longas recuaram um pouco nesta sexta-feira, 20, seguindo o comportamento dos juros dos Treasuries, títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos.

Logo cedo, saiu o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), que subiu 0,27% em setembro e ficou levemente abaixo da mediana das projeções (0,28%).

À tarde, os dados do Caged até superaram um pouco as expectativas, mas também não tiveram força para mexer com os juros futuros. Com o dólar ainda em patamares inferiores aos vistos recentemente, os investidores continuaram ajustando posições após a decisão do banco central dos EUA de deixar inalterado seu programa de estímulos.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (183.670 contratos) marcava 9,24%, de 9,23% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (471.660 contratos) indicava taxa de 10,07%, de 10,12% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (233.275 contratos) apontava 11,10%, de 11,17%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (12.755 contratos) estava em 11,54%, de 11,59% no ajuste anterior.

"O mercado até ameaçou subir mais cedo, devido ao dólar e a uma leitura um pouco ruim do IPCA-15, uma vez que os núcleos aceleraram. Mas houve um certo exagero e o dólar em um patamar menor ajudou a reverteu o movimento nos juros", afirmou o sócio gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi. "Ainda estamos vendo um pouco de movimento técnico de correção após o Fed manter seu programa", completou um operador.

Em meio a declarações de diversos membros do Federal Reserve, o dólar subiu 0,77% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,219. O presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, por exemplo, disse que "uma pequena redução (no programa de compras de bônus do Fed) é possível em outubro", e que a decisão de não fazer isso na reunião encerrada nesta quarta-feira foi "limítrofe".

Mesmo assim, o comportamento dos juros dos Treasuries foi de leve queda. O T-note de 10 anos cedia para 2,743% às 16h31 (horário de Brasília), de 2,748% no fim da tarde de quinta-feira.

Por aqui, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 de setembro avançou 0,27%, ante 0,16% em agosto. O indicador de difusão do IPCA-15, no entanto, atingiu 59,50% em setembro, de 60,50% no mês passado.

O economista-chefe do HSBC para América Latina, André Lóes, salientou que o IPCA-15 é "benigno", mas há riscos de que persistam para a inflação à frente, citando um possível reajuste dos combustíveis.

O Ministério do Trabalho e Emprego revelou que o saldo líquido de geração de emprego formal foi de 127.648 em agosto, acima da mediana de 94 mil encontrada pelo AE Projeções.

A geração de empregos em agosto foi 16,84% menor do que em agosto do ano passado, quando ficou em 153.488 pela série ajustada. Pela série sem ajuste, houve alta de 26,46% na comparação com o mesmo mês de 2012, quando o volume de vagas criadas foi de 100.938.

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