Mercados

Juros curtos caem à espera de medidas fiscais

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI para abril de 2015 (100.700 contratos) estava em 12,215%, de 12,214% no ajuste anterior.


	Bovespa: taxas longas, por sua vez, miraram o yield (retorno) dos Treasuries e subiram
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Bovespa: taxas longas, por sua vez, miraram o yield (retorno) dos Treasuries e subiram (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 16h31.

São Paulo - A trégua no exterior e a perspectiva de um ajuste fiscal na economia brasileira embutiram um viés de baixa nas taxas de juros de curto prazo, que também miraram o recuo do dólar durante a sessão desta quarta-feira, 7.

As taxas longas, por sua vez, miraram o yield (retorno) dos Treasuries e subiram.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI para abril de 2015 (100.700 contratos) estava em 12,215%, de 12,214% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2016 (81.960 contratos) apontava 12,74%, de 12,78% ontem.

O DI para janeiro de 2017 (148.620 contratos) mostrava 12,61%, de 12,66% no ajuste anterior.

E o DI para janeiro de 2021 (69.980 contratos) indicava 12,18%, de 12,08% no ajuste da véspera.

Para profissionais, as notícias de que o governo pretende promover cortes de gastos antes mesmo de o Orçamento de 2015 ser aprovado acabou favorecendo o movimento de baixa das taxas mais curtas e intermediárias, por sinalizar que a política fiscal deve, de fato, ajudar a monetária no combate à inflação.

Nos EUA, o juro da T-note de dez anos estava em 1,9756% às 16h35, ante 1,950% no fim da tarde de ontem.

É a primeira alta em oito dias, o que não afasta, contudo, uma tendência de queda, segundo analistas, diante das incertezas globais.

Na sessão de hoje, a recuperação dos yields se deu na esteira de indicadores e de um movimento de realização de lucros.

O setor privado criou 241 mil empregos em dezembro, segundo a Automatic Data Processing/Macroeconomic Advisers (ADP/MA).

Apesar de o dado ter vindo abaixo da previsão, de geração de 250 mil novas vagas, a leitura de novembro foi revisada em alta (de 208 mil para 227 mil).

O ambiente de maior apetite por risco no exterior também se deu em cima de expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) aumente seus estímulos monetários, por causa dos dados que mostraram deflação na zona do euro.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

Por que Wall Street não acredita em oferta de US$ 34,5 bilhões do Perplexity pelo Google Chrome

Mercado global de petróleo deve enfrentar superávit recorde em 2026, diz IEA

Bolsas globais avançam após inflação dos EUA vir abaixo do esperado

Do boom à incerteza: o que vem pela frente para o crédito privado