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Juros caem apostando em Fed manter estímulos neste ano

Taxas futuras de juros recuaram em linha com a queda do dólar e dos prêmios dos títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (473.675 contratos) indicava 10,53%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (473.675 contratos) indicava 10,53% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 16h10.

São Paulo - As taxas futuras de juros recuaram nesta terça-feira, 22, em linha com a queda do dólar e dos prêmios dos títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, os chamados Treasuries.

Dados do mercado de trabalho norte-americano em setembro vieram abaixo das estimativas e reforçaram a ideia de que os estímulos à economia dos EUA serão mantidos neste ano pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).

A interpretação despertou o apetite por risco, tirando força do dólar, uma vez que o equivalente a US$ 85 bilhões das compras de ativos mensais pelo Fed devam continuar entrando no mercado no curto prazo.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (473.675 contratos) indicava 10,53%, de 10,57% no ajuste anterior. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (241.805 contratos) apontava 11,45%, ante 11,53% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (7.675 contratos) estava em 11,88%, ante 11,95%.

"O payroll desarmou a ideia de que a redução dos estímulos pelo Fed poderia começar neste ano e isso causa ajustes em todos os ativos, incluindo os juros e o dólar", afirmou o sócio gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi.

Segundo o Departamento do Trabalho norte-americano, a economia dos EUA criou 148 mil empregos em setembro, abaixo da previsão de 180 mil novos postos de trabalho.

O setor privado gerou 126 mil vagas no período, enquanto o governo, apenas 22 mil. A criação de vagas em agosto, contudo, foi revisada em alta, de 169 mil para 193 mil. Por sua vez, a taxa de desemprego diminuiu para 7,2%, de 7,3% em agosto e 7,3% esperados.

"A questão é que esse levantamento do mercado de trabalho dos EUA nem pegou o período de paralisação do governo. Ou seja, os números devem piorar daqui para frente", afirmou um profissional da área de renda fixa. Assim, o juro da T-note de 10 anos marcava 2,517% às 16h32 (horário de Brasília), de 2,606% no fim da tarde da véspera.

No mercado de câmbio, a perspectiva de que o Banco Central deixe de fazer a rolagem integral de vencimentos de swap para novembro ajudou a segurar a moeda dos EUA. Mas o exterior prevaleceu e o dólar à vista no balcão terminou cotado a R$ 2,174, com baixa de 0,18%.

No âmbito doméstico, os dados de atividade seguem fracos. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 0,9% neste mês, para 97,1 pontos, em relação ao resultado final de setembro (98,0 pontos), de acordo com prévia divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria recuou para 84,1%, de 84,2%, na mesma comparação.

Também mais cedo, a Receita Federal informou que a arrecadação atingiu R$ 84,21 bilhões no mês passado - recorde para meses de setembro. O resultado ficou ligeiramente abaixo da mediana das estimativas colhidas pelo AE Projeções (R$ 84,8 bilhões).

O secretário da Receita substituto, Luiz Fernando Teixeira Nunes, disse que o órgão trabalha com redução na previsão de crescimento da arrecadação neste ano. Antes, o Fisco estimava aumento de 3% e, agora, de 2,5% a 3%.

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