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Juros avançam por inflação, Dilma e alta do dólar

Mais cedo, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo não vai deixar a inflação voltar ao país


	De acordo com operador, em meio a um giro mais fraco de negócios, o fato de o dólar no mercado à vista ter se firmado em leve valorização e o avanço mais firme da moeda no mercado futuro pesaram para o discreto movimento de alta das taxas de juros
 (Stock.xchng)

De acordo com operador, em meio a um giro mais fraco de negócios, o fato de o dólar no mercado à vista ter se firmado em leve valorização e o avanço mais firme da moeda no mercado futuro pesaram para o discreto movimento de alta das taxas de juros (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2013 às 17h23.

São Paulo - As taxas futuras de juros passaram a subir à tarde e terminaram nas máximas da sexta-feira, 14, com os investidores repercutindo a inflação acima das expectativas pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de junho, o resultado do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) maior do que o esperado, bem como declarações da presidente Dilma Rousseff e a leve alta do dólar ante o real na segunda metade dos negócios.

Os juros mais longos seguiram perto da estabilidade durante boa parte da sessão, diante da queda dos títulos da dívida dos Estados Unidos e ainda sob o efeito da atuação do Tesouro Nacional na véspera, que antecipou um leilão de recompra de papéis prefixados. Ainda assim, viraram para cima no fim dos negócios.

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em outubro de 2013 (apenas 4,760 contratos) estava na máxima de 8,33%, de 8,30% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2014 (132.525 contratos) marcava 8,75%, também na máxima, ante 8,72% na véspera, enquanto o vencimento para janeiro de 2015 (294.845 contratos) indicava taxa máxima de 9,57%, ante 9,50%. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (248.840 contratos) apontava 10,46%, na máxima, ante anteriores 10,40%, enquanto o DI para janeiro de 2021 (22.820 contratos) estava em 10,88%, de 11,85%.

De acordo com um operador, em meio a um giro mais fraco de negócios, o fato de o dólar no mercado à vista ter se firmado em leve valorização e o avanço mais firme da moeda no mercado futuro pesaram para o discreto movimento de alta das taxas de juros. O dólar à vista no balcão subiu 0,09%, a R$ 2,1440. A moeda para julho, às 16h32, avançava 1,08%, a R$ 2,1495.

O IGP-10 de junho subiu 0,63%, depois de cair 0,09% em maio, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficando acima do teto das previsões dos analistas colhidas pelo AE Projeções, de 0,57%.

Mais cedo, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo não vai deixar a inflação voltar ao país. "Hoje ela está sob controle. Ontem, ela estava sob controle e ela continuará sob controle." Dilma afirmou que as pessoas não devem dar ouvidos "aos que jogam no quanto pior, melhor". A presidente declarou ainda que "vamos continuar com emprego elevado, lutando todos os dias para que o Brasil cresça de forma sustentável". "Não vamos diminuir os investimentos que beneficiam o povo brasileiro porque essa é a nossa prioridade", completou.

Pelo lado da atividade, o IBC-Br de abril subiu 0,84% em relação ao mês anterior, após registrar alta de 1,07% em março ante fevereiro (dado revisado), na série com ajuste, ficando acima da mediana das projeções (+0,70%).

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