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Juros apagam queda e voltam para os ajustes após Fed

Juros futuros apagaram o sinal de baixa visto ao longo de todo o pregão e voltaram para os ajustes nos minutos finais da sessão, nas máximas desta quarta-feira


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (185.100 contratos) indicava máxima de 10,53%
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (185.100 contratos) indicava máxima de 10,53% (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 16h18.

São Paulo - O Federal Reserve (Fed) fez o que se esperava, ao manter os estímulos à economia dos Estados Unidos. No entanto, ao retirar do comunicado uma menção ao aperto das condições financeiras, o banco central norte-americano não eliminou as chances de que a redução dos estímulos comece em dezembro.

Com isso, os juros futuros apagaram o sinal de baixa visto ao longo de todo o pregão e voltaram para os ajustes nos minutos finais da sessão, nas máximas desta quarta-feira, 30. O movimento seguiu a alta dos prêmios dos Treasuries, títulos da dívida do Tesouro dos EUA, e a aceleração da ganho do dólar ante o real.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (185.100 contratos) indicava máxima de 10,53%, igual ao ajuste anterior e de 10,50% antes do Fed.

Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (111.735 contratos) apontava 11,30%, também na máxima, ante 11,31% no ajuste da véspera e 11,24% minutos antes do Fed. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 1.625 contratos) estava na máxima de 11,67%, de 11,60% antes do Fed e 11,66% no ajuste.

Os dados conhecidos pela manhã nos EUA sugeriam que o Fed deixaria inalterada a política de estímulos. A criação de vagas pelo setor privado norte-americano ficou abaixo do previsto e a inflação ao consumidor dos EUA, em bases anuais, teve alta de 1,2% em setembro, abaixo da meta do Fed, de 2%.

A autoridade monetária dos EUA informou que a recuperação do mercado de moradias "se desacelerou bastante" nos últimos meses e que vai "esperar mais evidências de crescimento sustentável antes de ajustar as compras".

Mas o fato de o Fed ter retirado a referência ao recente aperto das condições financeiras não eliminou as chances de haver alguma redução das compras de bônus em dezembro, na visão do mercado.

Assim, os juros dos Treasuries, que operavam abaixo de 2,5% antes do comunicado, mudaram de rumo e marcavam 2,538% às 16h40 (horário de Brasília), de 2,504% no fim da tarde de terça-feira. O dólar também ganhou fôlego e as Bolsas seguiram no vermelho.

O dólar vinha em alta diante do real devido à rolagem parcial de contratos de swap que vencem em 1º de novembro e à disputa entre comprados e vendidos pela formação da taxa Ptax, que ocorre na quinta-feira, 31. Após o Fed, no entanto, a moeda dos EUA ganhou fôlego e terminou a R$ 2,195 no balcão, com alta de 0,64%.

Mais cedo, além da expectativa pela manutenção dos estímulos do Fed, o IGP-M ajudou os juros a cair. O índice desacelerou a alta de 1,5% em setembro para 0,86% em outubro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa deste mês ficou abaixo da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, de 0,91%. Já o Índice de Preços ao Produtor (IPP), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também desacelerou para 0,62% em setembro, de 1,43% em agosto (dado revisado).

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