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Juros acompanham alta de dólar após novo adiamento de vetos

Pela manhã, as taxas caíram à espera da sessão e, à tarde, viraram para cima quando ela foi adiada. O dólar também subiu e terminou em alta


	Ações: os dados de inflação divulgados no começo do dia ficaram mais salgados do que os do mês anterior, mas não chegaram a influenciar no movimento das taxas
 (thinkstock)

Ações: os dados de inflação divulgados no começo do dia ficaram mais salgados do que os do mês anterior, mas não chegaram a influenciar no movimento das taxas (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2015 às 18h09.

São Paulo - As taxas de juros futuras acompanharam a trajetória do dólar na sessão desta quarta-feira, 7.

Isso significa que estiveram pari passo tanto na queda quanto na alta e esse movimento decorreu do principal evento do dia: a sessão do Congresso para apreciar os vetos da presidente Dilma Rousseff a medidas de elevação de gastos.

Pela manhã, as taxas caíram à espera da sessão e, à tarde, viraram para cima quando ela foi adiada. O dólar também subiu e terminou em alta de 0,83%, a R$ 3,8760.

Os dados de inflação divulgados no começo do dia ficaram mais salgados do que os do mês anterior, mas não chegaram a influenciar no movimento das taxas.

Ao término da sessão regular, o contrato para janeiro de 2016 marcou 14,40%, de 14,373% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2017 ficou em 15,48%, de 15,23%.

O DI para janeiro de 2019 encerrou a 15,65%, de 15,37%, e o contrato para janeiro de 2021 terminou a 15,47%, de 15,20%.

O Congresso abriu a sessão, mas não havia quórum. Os trabalhos foram, primeiramente, suspensos e, depois, interrompidos de fato, novamente por falta de quórum.

Além da oposição, também a base aliada vem boicotando a sessão, insatisfeita, entre outras coisas, com a reforma ministerial da presidente Dilma.

Esse fato, inclusive, começa a levantar a questão de que a reforma já deveria ter dado frutos ao governo e, portanto, pode não ter funcionado de fato.

O governo ainda teve outros reveses. Um deles, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de abrir ação de impugnação de mandato da presidente Dilma Rousseff, que pode cassar o diploma eleitoral da petista e também do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).

É a primeira vez que a Justiça Eleitoral autoriza uma investigação como essa contra um presidente da República empossado.

Outro revés veio do ministro do STF Luiz Fux. Relator do mandado de segurança proposto pelo governo no Supremo, ele negou, à tarde, o pedido do governo para suspender a sessão do TCU, marcada para hoje, que irá analisar as contas de 2014 do governo Dilma Rousseff e a possível suspeição do ministro Augusto Nardes para relatar o caso na Corte de Contas. Com a negativa, ficou mantido para hoje ainda o julgamento no TCU.

Pela manhã, o IBGE anunciou que o IPCA de setembro ficou em 0,54%, ante 0,22% em agosto, acumulando alta de 7,64% no ano e de 9,49% em 12 meses.

As previsões dos analistas iam de 0,46% a 0,59%, com mediana de 0,53%. O IGP-DI do mês passado ficou em 1,42%, ante 0,40% em agosto e ante projeções de 0,90% a 1,38%, com mediana de 1,22%. Os indicadores não influenciaram na curva a termo de juros.

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