Mercados

Juro sobe na véspera de IPCA, apesar da queda do dólar

As taxas se firmaram em alta durante à tarde, depois de operarem perto dos ajustes durante a manhã


	Bovespa: juros domésticos atingiram máximas na sessão
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: juros domésticos atingiram máximas na sessão (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 17h18.

São Paulo - Apesar do declínio do dólar, as taxas futuras de juros terminaram a sessão desta quinta-feira, 8, em alta, conduzidas pelas expectativas em torno do IPCA de abril, previsto para amanhã, pela alta dos juros dos Treasuries, por comentários de um diretor do Banco Central e, também, pelo leilão expressivo de títulos prefixados pelo Tesouro.

As taxas se firmaram em alta durante à tarde, depois de operarem perto dos ajustes durante a manhã, à medida que os investidores deixaram a queda do dólar em segundo plano e preferiram se concentrar nas expectativas em torno dos dados de abril do IPCA que serão anunciados amanhã.

Pesquisa realizada pelo AE Projeções com 61 instituições aponta estimativas para o indicador oficial do País entre 0,67% e 0,85%, com mediana de 0,80%.

A recuperação dos juros dos Treasuries e comentários do diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Luiz Awazu, na segunda parte da sessão, forneceram suporte para que as taxas de juros futuras acentuassem o movimento de alta.

Os juros domésticos atingiram máximas na sessão, em reação a uma nota publicada na imprensa de que o diretor do BC teria dito que "vamos continuar o trabalho iniciado em abril de 2013".

Logo depois, no entanto, uma verificação da íntegra do discurso do diretor do BC, disponibilizada no site da instituição, levou os juros a desaceleraram a alta.

Segundo o documento, Awazu reafirmou o fato de o BC ter elevado a Selic em 375 pontos-base desde abril do ano passado e disse que "o Banco Central está aparelhado e agindo para assegurar a estabilidade monetária à frente, trabalhando para trazer o IPCA para mais perto da meta no futuro próximo".

Além disso, o Tesouro Nacional ofertou e vendeu 10 milhões de LTNs em leilão realizado hoje, em uma operação que totalizou cerca de R$ 7,961 bilhões.

Isso, de acordo com um gestor, gerou uma demanda por hedge no mercado futuro de juros que acabou puxando as taxas.

Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 (61.100 contratos) marcava 10,875%, de 10,859% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2015 (248.060 contratos) tinha taxa de 11,02%, de 10,98% no ajuste anterior.

Na ponta mais longa da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2017 (302.245 contratos) estava em 12,20%, de 12,12%.

O vencimento para janeiro de 2021 (33.500 contratos) tinha taxa de 12,41%, de 12,33% antes.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol