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Juro longo sobe à espera de dados dos EUA

Com a sétima queda consecutiva, Índice de Confiança da Indústria chega ao menor nível desde abril de 2009


	Federal Reserve: mercado aguarda reunião de amanhã, sobre política monetária
 (Jonathan Ernst/Reuters)

Federal Reserve: mercado aguarda reunião de amanhã, sobre política monetária (Jonathan Ernst/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 19h22.

São Paulo - Os juros futuros de curto prazo fecharam perto da estabilidade e os longos, em alta. Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 projetava 10,77%, na máxima e no mesmo nível do ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2016 projetava 11,07%, de 11,04% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2017 estava em 11,34%, de 11,27% no ajuste da véspera; e o DI para janeiro de 2021 projetava taxa de 11,65%, de 11,57% após ajuste.

O desenho da curva refletiu a cautela dos investidores antes da agenda norte-americana desta quarta-feira e também a piora da percepção do risco do Brasil em razão da fraqueza dos fundamentos domésticos, reforçada pelo dado da confiança da indústria.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 3,2% em julho ante junho, passando de 87,2 para 84,4 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com a sétima queda consecutiva, o índice chega ao menor nível desde abril de 2009. Com isso, os investidores do trecho longo da curva, onde costumam atuar ativamente os estrangeiros, optaram por se desfazer de posições vendidas.

O mercado está em compasso de espera pelo comunicado do Federal Reserve (banco central norte-americano), que faz amanhã sua reunião de política monetária, na busca de pistas sobre quando a instituição deverá promover alterações nas taxas dos Fed Funds, enquanto é consenso a percepção de que os diretores anunciarão nova redução do ritmo de compra de ativos, de US$ 10 bilhões.

Também nesta quarta-feira será conhecida a primeira prévia do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano do segundo trimestre. O consenso entre os analistas é de que mostre alta anualizada de 3%, mas os mais otimistas acreditam em até 4%.

Além da primeira estimativa do PIB do segundo trimestre, também serão divulgadas revisões do indicador para os três anos anteriores e para os dados do primeiro trimestre de 2014.

Por fim, nesta quarta-feira, o mercado acompanhará o relatório ADP de criação de empregos no setor privado deste mês. Na sexta-feira, será divulgado o relatório de emprego dos EUA.

Os juros domésticos estiveram na direção oposta à dos títulos do Tesouro norte-americano, que recuam. Às 16h29, a taxa da T-Note de dez anos estava em 2,460%, de 2,485% ontem.

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