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Juro futuro fica estável na véspera da decisão do Copom

Por Rosangela Dolis São Paulo - Na véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa Selic, o mercado manteve as apostas de que a taxa básica da economia brasileira permanecerá em 10,75% ao ano. Nos contratos futuros de depósito interfinanceiro (DI) negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros […]

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 16h09.

Por Rosangela Dolis

São Paulo - Na véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa Selic, o mercado manteve as apostas de que a taxa básica da economia brasileira permanecerá em 10,75% ao ano. Nos contratos futuros de depósito interfinanceiro (DI) negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), as projeções dos juros encerraram o pregão de hoje praticamente estáveis.

Para Luciano Rostagno, estrategista-chefe da CM Capital Markets, a partir de declarações do presidente indicado ao Banco Central, Alexandre Tombini, em sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado hoje, agentes do mercado financeiro tiveram a percepção de que a autoridade monetária dará peso maior aos desafios do cenário externo na sua gestão do que o mercado vinha precificando.

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI com vencimento em de janeiro de 2011 projetava taxa de 10,69% ao ano, de 10,70% no ajuste de ontem; o de abril de 2011 apontava 11,12%, de 11,11% ontem; a projeção do DI de julho de 2011 ficou estável em 11,60% ao ano.

Nos contratos de vencimento intermediário, o juro do DI de janeiro de 2012 ficou estável em 12,04% ao ano; o DI de janeiro 2013 projetava 12,32% ao ano, de 12,33% ontem; o DI de janeiro de 2014 ficou estável em 12,19%.

A CAE aprovou a indicação de Tombini para a presidência do Banco Central no novo governo por 22 votos favoráveis e um contrário. Agora, o nome de Tombini será apreciado no plenário do Senado. De forma geral, as declarações de Tombini no Senado foram as esperadas e não sinalizaram alteração na gestão da política monetária. Ele defendeu o controle de inflação e o sistema de metas de inflação como instrumento para manutenção da estabilidade de preços e destacou a importância da "autonomia operacional plena" do BC garantida pela presidente eleita, Dilma Rousseff.

Para Rostagno, o diferencial nas declarações Tombini foi que ele previu que, nos próximos anos, um dos desafios do governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, é enfrentar a volatilidade externa. Ele comentou que o ambiente ainda é de incerteza quanto à capacidade de recuperação das economias desenvolvidas e sobre a percepção de sustentabilidade das dívidas soberana e privada dos países. Essa situação de volatilidade, percebida agora na zona do euro, segundo ele, tem potencial para atrapalhar os planos de estabilidade na economia brasileira.

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