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Juro futuro dá continuidade à alta antes do Copom

O mercado estará atento também ao presidente do BC, Alexandre Tombini. Ele participa, às 13h30, em São Paulo, da conferência do International Financial Reporting Standards


	Às 9h35, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 projetava 7,555%, ante 7,52% no ajuste da sexta-feira
 (Marcel Salim/EXAME.com)

Às 9h35, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 projetava 7,555%, ante 7,52% no ajuste da sexta-feira (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2013 às 11h33.

São Paulo - Contrariando expectativas de uma abertura em leve queda, os juros futuros com vencimento no curto prazo iniciaram a segunda-feira em alta, dando continuidade ao movimento observado desde o fim da semana passada, em meio ao crescimento das apostas de aumento da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana (terça-feira e quarta-feira).

Entre os fatores que favoreciam a queda, estavam o crescimento aquém do esperado da China e as revisões para baixo nas projeções de inflação contidas no boletim Focus do Banco Central.

"Apesar de China, queda de commodities e Focus, o mercado não tem mais dúvidas de que o Banco Central vai subir a Selic", disse o gerente de renda fixa da Leme Investimentos, Paulo Petrassi.

"Mas ainda não tem certeza sobre quanto", completou, acrescentando que, perto das 9h15, a curva a termo precificava 36 pontos de alta da Selic nesta semana, o que equivale a 100% de chance de aumento de 0,25 ponto porcentual e possibilidade de o aperto monetário começar com 0,50 pp.

Segundo um operador, o fluxo é pequeno e os investidores fazem ajustes antes da reunião do Copom. "Há muitos indicadores de inflação para sair durante a semana e o mercado está atento a isso", acrescentou.

O mercado estará atento também ao presidente do BC, Alexandre Tombini. Ele participa, às 13h30, em São Paulo, da conferência do International Financial Reporting Standards (IFRS).


Na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a inflação não vai precisar ser debelada com um "tiro de canhão" como na história recente do País. "Pode ser de metralhadora, se necessário", disse em entrevista publicada no domingo. Mantega frisou que não estava opinando sobre a reunião do Copom, mas sobre uma mudança estrutural nos juros.

No boletim Focus, a projeção para a Selic referente ao encontro do Copom desta semana seguiu em 7,25% ao ano, o que indica manutenção do juro básico da economia.

Para a reunião de maio, subiu de 7,50% para 7,75%, o que mostra alta de 0,50 pp da Selic. Para o fim de 2013 e fim de 2014, as previsões foram mantidas em 8,50%.

Na China, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,7% no primeiro trimestre de 2013, ante igual trimestre de 2012. A taxa foi menor que os 7,9% registrados no quarto trimestre do ano passado, na mesma base de comparação, e que os 8,0% previstos por economistas.

Às 9h35, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 projetava 7,555%, ante 7,52% no ajuste da sexta-feira. O contrato para janeiro de 2014 tinha taxa de 8,20%, ante 8,17%.

O DI com vencimento em janeiro de 2015 apontava 8,67%, igual ao ajuste da sexta-feira. Entre os contratos com vencimento no longo prazo, o DI para janeiro de 2017 marcava 9,24%, ante 9,26% no ajuste anterior.

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