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Juro futuro cai após fala de Tombini

Os juros derretem desde a abertura dos negócios, retomando a chance de a Selic subir 0,50 ponto porcentual


	Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: "os movimentos recentemente observados nas taxas de juros de mercado incorporam prêmios excessivos", disse
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: "os movimentos recentemente observados nas taxas de juros de mercado incorporam prêmios excessivos", disse (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2013 às 10h55.

São Paulo - A afirmação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que "os movimentos recentemente observados nas taxas de juros de mercado incorporam prêmios excessivos" determinou queda das taxas futuras, sobretudo de curto prazo, nesta terça-feira, 20.

Os juros derretem desde a abertura dos negócios, retomando a chance de a Selic subir 0,50 ponto porcentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês. Nova ação coordenada do BC e do Tesouro Nacional com leilões de swap cambial e de recompra de títulos, além do recuo dos juros dos Treasuries, contribuem para o movimento.

"Tombini não deu pistas de que irá acelerar o ritmo de ajuste da taxa Selic", avaliou a LCA Consultores, em relatório divulgado a clientes. Segundo o economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, a curva de juros precificava, às 9h20, "aposta majoritária" de alta de 50 pontos-base do juro básico em agosto.

Ontem, essa a curva chegou a embutir quase 70 pontos-base, ou um aperto monetário mais forte, lembrou Serrano. Para outubro, havia chance de alta de 0,50 pp e para novembro, mais 0,50 pp.

A afirmação do presidente do BC foi feita por meio de nota divulgada após o fechamento dos mercados. No texto, Tombini reafirmou a visão de que "a adequada condução da política monetária contribui para mitigar riscos para a inflação, a exemplo dos oriundos da depreciação cambial".

Ele disse ainda que acompanha "com atenção" o mercado de câmbio; "não deixará de ofertar proteção ('hedge' cambial) aos agentes econômicos" e "que a concentração de posições em uma única direção poderá trazer perdas aos que apostam em movimentos unidirecionais da moeda".

Nesta manhã, BC e Tesouro reforçam atuação conjunta para conter o nervosismo. O Banco Central já vendeu hoje o equivalente a US$ 993,4 bilhões no mercado futuro. Às 11h15 e às 11h30, haverá mais dois leilões de venda de dólares conjugado com leilões de recompra da moeda.

O Tesouro, por sua vez, fará às 11 horas oferta de recompra de até 2 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN) para quatro vencimentos e até 2 milhões de Notas do Tesouro Nacional - série F (NTN-F) para cinco vencimentos.

No exterior, os juros dos títulos do Tesouro dos EUA recuavam, sendo que o da T-note de dez anos estava em 2,834% às 10h16, de 2,880% no fim da tarde de segunda-feira, 19.

A proximidade da divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), na quarta-feira, 21, trouxe aversão ao risco e busca pela segurança, elevando os preços de tais papéis, com consequente redução dos juros.

Às 10h17, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 apontava 9,19%, na máxima, ante 9,33% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2015 indicava 10,39%, ante 10,66% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 11,74%, na máxima, ante 11,84% no ajuste da véspera. O dólar à vista caía 0,83%, cotado a R$ 2,394, no balcão.

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