Chevron: petrolífera foi condenada por descumprir lei ambiental de 1978 e degradar área de proteção nos EUA (Justin Sullivan/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 7 de abril de 2025 às 09h51.
Um júri dos Estados Unidos ordenou que a Chevron pague US$ 745 milhões (cerca de R$ 4,3 bilhões) por danos ambientais causados em pântanos próximos à cidade de Nova Orleans, na Louisiana. A decisão foi anunciada na sexta-feira, 5, por um júri de Pointe à la Hache, na região de Plaquemines, área pantanosa ao sudeste da cidade.
A sentença responsabiliza a companhia petrolífera por contaminar os terrenos e por não realizar a recuperação ambiental exigida por lei. O principal advogado da Chevron no julgamento, Mike Phillips, declarou à agência AFP que a empresa irá "apresentar recurso contra o veredicto para enfrentar os numerosos erros legais que levaram a este resultado injusto".
A ação judicial foi movida pelas autoridades de Plaquemines após a Chevron adquirir a Texaco em 2001. A Texaco era acusada de violar uma legislação ambiental estadual de 1978, que exige que "os locais de exploração e produção sejam limpos, reflorestados, desintoxicados e restaurados ao seu estado original ao término das operações, na maior medida possível".
A acusação sustenta que tanto a Texaco quanto a Chevron não cumpriram essas obrigações. Além disso, as autoridades locais afirmaram que a degradação dos pântanos pela atividade petrolífera agravou os efeitos das marés e aumentou a vulnerabilidade da região ao avanço do nível do mar.
O júri determinou que a Chevron deve pagar:
US$ 575 milhões (R$ 3,3 bilhões) pela perda de terras, agora permanentemente submersas;
US$ 161 milhões (R$ 940 milhões) pela contaminação ambiental;
US$ 9 milhões (R$ 52 milhões) pelo abandono de equipamentos no local.