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JPMorgan vê Brasil ‘protagonista’ entre bolsas na América Latina

O mercado acionário brasileiro deve ofuscar os pares latino-americanos no segundo semestre

 (Dylan Martinez/File Photo/Reuters)

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Agência de notícias

Publicado em 16 de junho de 2023 às 14h54.

O mercado acionário brasileiro deve ofuscar os pares latino-americanos no segundo semestre, com múltiplos ainda deprimidos e perspectiva de corte da Selic, de acordo com o JPMorgan Chase & Co.

As ações do país são “a aposta mais simples do mercado por causa do valuation baixo combinado com juros menores”, disse Emy Shayo, chefe de estratégia de ações para a América Latina do banco. “A história está ficando ainda mais interessante à medida que a inflação recua mais do que o esperado, as expectativas de inflação começam a diminuir e as expectativas de crescimento aumentam”, escreveu em um relatório na sexta-feira.

Recomendação de overweight

Shayo manteve sua recomendação de overweight para as ações brasileiras e agora espera que o índice Ibovespa termine o ano em 135.000 pontos, cerca de 13% acima do fechamento de quinta-feira. Um índice de ações latino-americanas deve subir quase 5% no mesmo período, acrescentou.

A visão segue as apostas otimistas de investidores, incluindo a Fidelity Investments e alguns fundos locais, que têm sinalizado para um potencial ponto de inflexão no mercado acionário. Mesmo com um ganho de 9% neste ano, o Ibovespa está sendo negociado a 8,1 vezes o lucro estimado, ante 12,2 vezes do Mexbol do México e abaixo das médias históricas, mostram dados compilados pela Bloomberg.

Operadores esperam uma flexibilização monetária de mais de 180 pontos-base até o final do ano, e a Verde Asset Management disse que o Banco Central liderado por Roberto Campos Neto pode começar a cortar as taxas em agosto.

Os ativos brasileiros tiveram um impulso no início desta semana depois de a S&P Global Ratings elevar a perspectiva para o país de estável para positiva, citando maior visibilidade das políticas e diminuição das chances de retrocessos nas reformas.

“Uma flexibilização está chegando”, escreveu Shayo. “E também faria maravilhas para domar o ruído político residual em torno da política econômica.”

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