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JP Morgan eleva preço-alvo e ações da Lojas Renner sobem

Analistas esperam que varejista seja melhor opção no curto prazo do que os papéis do Pão de Açúcar, que ainda sofrem com a indefinição da fusão com a Casas Bahia

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2011 às 17h47.

São Paulo - O JP Morgan voltou a olhar com bons olhos as ações da Lojas Renner (LREN3). Em relatório publicado nesta terça-feira (8), o banco elevou a recomendação para os papéis da varejista de neutra para overweight (expectativa de superar a média do mercado nos próximos 6 a 12 meses). Além disso, o preço-alvo saltou de 42 reais para 50 reais.

A notícia empolgou os investidores durante o pregão. Ao longo do dia, os papéis da empresa chegaram a subir 4,6%, mas encerraram a sessão com valorização de 1,53%, negociados a 44,37 reais. A análise, assinada  por  Andrea Teixeira e João Mamede, aponta que a varejista aparece como uma boa alternativa de investimento no curto prazo.

"Apesar de o Pão de Açúcar ter um potencial mais elevado do que a Renner, a falta de solução sobre a renegociação da sua fusão com a Casas Bahia limita o apetite do investidor no curto prazo", mostra a análise. O JP Morgan destaca, entretanto, que espera uma saída para a operação em breve.

No ano, as ações da Lojas Renner apresentam alta de 15,08%, enquanto os papéis do Pão de Açúcar (PCAR5) recuam 11,54%. O Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, desvalorizou 9,82% no mesmo período. "O voo para a qualidade deve continuar a beneficiar a Renner, por conta de sua governança corporativa superior e de suas políticas conservadoras de crédito ao consumidor", afirmam os analistas.

O JP Morgan também vê de forma positiva a estratégia da Renner de sair para a rua. A empresa, segundo o banco, tinha a velocidade de crescimento amaciada pela estratégia de ampliar a rede em shopping centers. Assim, o avanço ficava atrelado às decisões de investimentos de empreendimentos de responsabilidade de outras companhias.

O resultado foi o atraso da entrada de novas lojas em 2009, aponta o JP. A aposta é de que a nova estratégia de abrir lojas na rua acelere a expansão da rede. A Renner espera abrir 14 lojas ainda em 2010, depois passando para o ritmo anual de 30 até 2015, além da expectativa da inauguração de 10 a 15 lojas do modelo convencional a cada ano.
 

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