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JBS vai separar Vigor e abrir capital da subsidiária no Brasil

Os atuais acionistas da JBS terão o direito de trocar suas ações por papéis da Vigor em uma oferta pública voluntária feita pela própria JBS

A JBS vai separar a Vigor enquanto pretende mais do que triplicar as vendas da subsidiária, para R$ 5 bilhões até 2015 (Germano Lüders/EXAME.com)

A JBS vai separar a Vigor enquanto pretende mais do que triplicar as vendas da subsidiária, para R$ 5 bilhões até 2015 (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 18h35.

São Paulo - A JBS SA vai separar sua unidade de laticínios, a Vigor Alimentos SA, e passará a negociar suas ações na BM&FBovespa, com o objetivo de competir com a Nestlé SA e com a BRF - Brasil Foods SA.

Os atuais acionistas da JBS terão o direito de trocar suas ações por papéis da Vigor em uma oferta pública voluntária feita pela própria JBS, disse a empresa em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários hoje. A JBS não disse em qual proporção as ações serão trocadas.

A JBS vai separar a Vigor enquanto pretende mais do que triplicar as vendas da subsidiária, para R$ 5 bilhões até 2015, da receita de R$ 1,5 bilhão no ano passado, por meio de aquisições e novas fábricas, disse o presidente da JBS, Wesley Batista, em 19 de dezembro.

A Vigor, quarta maior fabricante de iogurte, queijos e margarinas do País, representou cerca de 2 por cento dos R$ 55,1 bilhões em vendas da JBS em 2010, tem sete fábricas pelo Brasil. A fabricante do queijo Faixa Azul tem uma fatia de 6,9 por cento do mercado, segundo uma apresentação da companhia.

Gilberto Xandó, que trabalhou durante aproximadamente 20 anos como diretor da então Sadia SA, antes da compra pela Perdigão SA Comércio e Indústria, que resultou na BRF - Brasil Foods SA, continuará como presidente da Vigor. Wesley Batista será presidente do conselho de administração da Vigor após a separação do capital da JBS. A empresa de lácteos anunciou, em dezembro, Anne Karoline Napoli, ex-executiva da Unilever PLC, como sua nova diretora de marketing.

A Vigor planeja listar suas ações no Novo Mercado da BM&FBovespa, o que significa que ela só possuirá ações com direito a voto e será obrigada a manter pelo menos 25 por cento de seus papéis em circulação.

A JBS é controlada pela família Batista, que detém, de forma direta e indiretamente, 45,7 por cento da empresa. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social possui 30,4 por cento.

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