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JBS perde bilhões em um só dia, após delação bombástica

Joesley Batista afirmou, em depoimento, que Michel Temer deu aval para o pagamento de propinas

JBS: menos valiosa (Ueslei Marcelino/Reuters)

JBS: menos valiosa (Ueslei Marcelino/Reuters)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 19 de maio de 2017 às 10h56.

Última atualização em 19 de maio de 2017 às 13h43.

São Paulo — Com a revelação de detalhes da delação premiada de Joesley Batista, a JBS perdeu, em apenas um dia, 2,5 bilhões de reais em valor de mercado.

Em linhas gerais, o valor de mercado de uma empresa é dado pela soma do preço de todas ações que ela tem em circulação.

Na última quarta-feira, o frigorífico dos irmãos Batista valia cerca de 25,92 bilhões de reais na Bolsa. Após a queda de quase 10% nas ações, o valor foi para 23,41 bilhões de reais na noite de ontem. A perda, no entanto, não foi a maior entre as companhias de capital aberto (veja mais abaixo).

Em seu depoimento, Batista afirmou que o presidente Michel Temer deu aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. A notícia, publicada primeiramente pelo jornal O Globo, caiu com uma bomba sobre o mercado.

A bolsa brasileira, que durante o dia chegou a acionar o circuit breaker -- mecanismo usado para o controle de fortes oscilações, terminou o dia em queda de 8,8% a 61.597 pontos. Foi o pior desempenho do Ibovespa desde 2008.

Menos valiosas

Se forem somadas todas as perdas das empresas listadas na B3 na última quinta-feira, o montante chega a 219 bilhões de reais, segundo cálculos da Economatica.

A Petrobras registrou a maior delas, de 27,4 bilhões de reais. No pregão, as ações preferenciais da petroleira caíram 15,76% enquanto as ordinárias perderam 11,37%. A segunda maior perda foi Itaú Unibanco, de 26,7 bilhões de reais, após o papel cair 12,05%.

 

 

 

 

 

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