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IPO da JBS Foods pode movimentar R$ 5 bilhões

Unidade de alimentos processados da JBS pretende listar-se no Novo Mercado, nível mais alto de governança corporativa


	Frigorífico da JBS do Brasil: JBS Foods é a mais nova unidade de negócios do grupo, criada após a compra da Seara junto à Marfrig
 (AFP)

Frigorífico da JBS do Brasil: JBS Foods é a mais nova unidade de negócios do grupo, criada após a compra da Seara junto à Marfrig (AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 20h18.

Rio de Janeiro/São Paulo - A JBS Foods, unidade de alimentos processados da JBS, pediu registro para uma oferta inicial de ações, a primeira de uma empresa brasileira em 2014, que pode movimentar cerca de 5 bilhões de reais, segundo uma fonte.

A empresa informou nesta terça-feira que pretende listar-se no Novo Mercado, nível mais alto de governança corporativa da BM&FBovespa.

A operação inclui ofertas primária (ações novas) e secundária (papéis detidos por atuais acionistas) no Brasil e com esforços de colocação no exterior, informou a JBS, em fato relevante.

A emissão tem potencial de movimentar cerca de 5 bilhões de reais, disse uma fonte a par do assunto à Reuters, que falou na condição de anonimato, avaliando que o montante a ser levantado leva em consideração o valor estimado da unidade, de aproximadamente 20 bilhões de reais.

Procurada, a JBS disse que não comenta o assunto. A JBS Foods é a mais nova unidade de negócios do grupo, criada após a compra da Seara junto à Marfrig, em junho do ano passado, e tem marcas como Fiesta, Doriana, Rezende, LeBon e Frangosul, além da própria Seara.

A unidade também engloba as operações da JBS Aves. A JBS Foods teve receita líquida de 2,8 bilhões de reais no primeiro trimestre, recuo de 3,9 por cento sobre o trimestre imediatamente anterior.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 379,8 milhões de reais, alta de 67,1 por cento na mesma comparação. A oferta ocorre num momento de desconfiança dos investidores em relação ao cenário macroeconômico brasileiro.

No final de março, a companhia aérea Azul desistiu da preparação para uma oferta de ações, juntando-se a empresas como Ouro Verde, Votorantim Cimentos e Unidas, que já desistiram de realizar IPOs na Bovespa este ano.

A única oferta deste ano foi da Oi, mas em uma emissão subsequente (não IPO, sigla em inglês para oferta inicial) de cerca de 15 bilhões de reais, que faz parte da fusão da empresa com a Portugal Telecom.

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