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J.P. Morgan se rende ao consenso e dá 'compra' para ações de Petrobras

Banco vê vantagens relativas diante de petróleo em queda e potencial de alta de mais de 20% para as ações da estatal

 (Wilson Melo/Agência Petrobras)

(Wilson Melo/Agência Petrobras)

Publicado em 25 de setembro de 2024 às 11h54.

Última atualização em 25 de setembro de 2024 às 12h21.

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Os analistas do J.P. Morgan passaram a recomendar a compra das ações da Petrobras em um novo relatório divulgado nesta quarta-feira, 25. O preço-alvo atualizado para a ação preferencial (PETR4) é de R$ 46,50, enquanto para a ação ordinária (PETR3), é de R$ 49,00, implicando em potenciais de alta de 26,5% e 20,9%, respectivamente.

A visão mais otimista do banco é motivada pelos baixos custos de extração da companhia, que devem se destacar ainda mais em um cenário de preços mais baixos do petróleo. Desde junho, o Brent acumula uma queda de 14,5%, em meio a incertezas sobre a demanda devido aos sinais de desaceleração nas principais economias.

"A história também se torna mais interessante em termos relativos, especialmente porque as empresas menores brasileiras têm apresentado resultados aquém do esperado nas curvas de produção no curto prazo", afirmou o J.P. Morgan em relatório.

A revisão das expectativas coloca o banco americano dentro do consenso otimista do mercado, que favorece a recomendação de compra das ações da empresa. Recentemente, Itaú BBA e Morgan Stanley também revisaram positivamente suas avaliações sobre a Petrobras.

Por que J.P. Morgan recomenda a compra

"Embora continuemos preocupados com possíveis mudanças estratégicas que possam eventualmente reduzir o fluxo de caixa no futuro, por meio de maiores investimentos (capex) ou fusões e aquisições (M&A), é inegável que a empresa será capaz de entregar rendimentos atrativos de fluxo de caixa, mesmo em um cenário de preços mais baixos do petróleo", afirma o relatório do J.P. Morgan.

Os analistas também destacam o alinhamento de interesses com o controlador, uma vez que o governo brasileiro enfrenta um problema fiscal e necessita dos dividendos da Petrobras para ajudar a equilibrar suas contas.

"Consideramos apenas os dividendos mínimos em nossos modelos, mas acreditamos que há uma boa chance de que os dividendos reais sejam significativamente maiores do que o mínimo – potencialmente tão altos quanto os rendimentos de FCF da empresa."

A projeção do J.P. Morgan é de que o fluxo de caixa livre da companhia atinja US$ 20,95 bilhões neste ano e US$ 19,85 bilhões em 2025.

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