Mercados

Itaú gasta R$ 10 bilhões para fechar capital da Redecard

OPA deixa a Cielo, a maior empresa de meios de pagamento do Brasil, como a única empresa do setor listada no Brasil


	O Itaú tinha planejado tirar a Redecard da bolsa se a compra fosse bem-sucedida
 (Pedro Zambarda/EXAME.com)

O Itaú tinha planejado tirar a Redecard da bolsa se a compra fosse bem-sucedida (Pedro Zambarda/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2012 às 09h36.

São Paulo - O Itaú Unibanco assumiu o controle da empresa de meios de pagamento Redecard em uma oferta nesta segunda-feira (24), protegendo uma importante fonte de receitas no maior banco privado do Brasil do impacto das taxas de juros mais baixas e desaceleração no crescimento do crédito.

Os acionistas minoritários, que detinham 49,9% da Redecard, venderam quase 299 milhões de ações na oferta, informou a BM&FBovespa em um comunicado. O Itaú vai pagar R$ 10,46 bilhões, tornando a transação a maior compra feita no Brasil neste ano.

A compra da Redecard vai ajudar a impulsionar um segmento que responde por 7% do lucro anual do Itaú e é uma importante fonte de receitas de serviços.

Além de ser capaz de oferecer serviços bancários e serviços integrados de processamento de cartão para os varejistas, o Itaú vai usar a Redecard para obter participação de mercado de concorrentes em um setor de US$ 400 bilhões, segundo analistas.

"O acordo faz sentido para ambos - para o modelo Itaú de negócios e para a posição competitiva da Redecard", disse Francisco Kops, analista da JSafra Corretora.

O Itaú tinha planejado tirar a Redecard da bolsa se a compra fosse bem-sucedida. A aquisição deixa a Cielo, a maior empresa de meios de pagamento do Brasil, como a única empresa do setor listada no Brasil.

"A integração da infraestrutura entre o banco e a credenciadora nos permitirá realizar uma oferta combinada de produtos bancários e serviço de adquirência", disse, em comunicado, Marcio Schettini, vice- presidente executivo do Itaú Unibanco responsável pela área de cartões.

Segundo Schettini, o banco agora espera ter uma participação mais ativa e direta, não apenas no mercado de aquisição de cartão de crédito, mas em todo o mercado de pagamentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Acompanhe tudo sobre:BancosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasItaúItaúsaOPARede SustentabilidadeServiçosservicos-financeiros

Mais de Mercados

"O Brasil deveria ser um país permanentemente reformador", diz Ana Paula Vescovi

Tesla bate US$ 1 trilhão em valor de mercado após rali por vitória de Trump

Mobly assume controle da Tok&Stok com plano de sinergias e reestruturação financeira

Trump não deverá frear o crescimento da China, diz economista-chefe do Santander