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Itaú BBA lista os balanços que devem ser destaque na próxima semana

Do lado positivo, aparecem as varejistas Magazine Luiza e Via Varejo e os frigoríficos JBS e Marfrig

Entre os destaques positivos da próxima semana, Itaú BBA aponta as varejistas Magazine Luiza e Via Varejo (Amanda Perobelli/Reuters)

Entre os destaques positivos da próxima semana, Itaú BBA aponta as varejistas Magazine Luiza e Via Varejo (Amanda Perobelli/Reuters)

PB

Paula Barra

Publicado em 6 de novembro de 2020 às 17h35.

Última atualização em 6 de novembro de 2020 às 17h46.

Com a temporada de balanços corporativos em andamento no Brasil, o Itaú BBA listou, em relatório, aqueles que acredita que serão as grandes surpresas positivas e negativas da próxima semana. 

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Entre as empresas que devem se destacar positivamente, os estrategistas do banco Fabio Perina e Larissa Nappo, que assinam o relatório, apontam dez companhias, entre elas, as varejistas Magazine Luiza (MGLU3) e Via Varejo (VVAR3) e os frigoríficos JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3). Do lado negativo, aparece apenas uma empresa, a Alliar (AALR3). 

Abaixo, as empresas apontadas pelo banco e as datas previstas para a divulgação de seus respectivos balanços: 

EmpresaTickerData do resultadoExpectativaHorário de divulgação
Magazine LuizaMGLU309/11/2020PositivaApós o fechamento
Br DistribuidoraBRDT310/11/2020PositivaApós o fechamento
CarrefourCRFB310/11/2020PositivaApós o fechamento
Via VarejoVVAR311/11/2020PositivaApós o fechamento
JBSJBSS311/11/2020PositivaApós o fechamento
MarfrigMRFG311/11/2020PositivaApós o fechamento
EnautaENAT311/11/2020PositivaApós o fechamento
EnergisaENGI1112/11/2020PositivaApós o fechamento
AlliarAALR312/11/2020NegativaApós o fechamento
VivaraVIVA312/11/2020PositivaApós o fechamento
B3B3SA312/11/2020PositivaApós o fechamento

O que o banco diz sobre cada balanço: 

Sobre Magazine Luiza, os estrategistas do Itaú BBA estimam um crescimento de 120% em termos anuais de volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) da divisão de comércio eletrônico, para 7,3 bilhões de reais, impulsionado por uma participação crescente nas categorias mais importantes (eletrônicos e mobiliário) e em categoriais não essenciais (cosméticos). Segundo eles, essa melhoria deve se traduzir em crescimento no faturamento de 59,0% em termos anuais, para 7,7 bilhões de reais. As vendas nas lojas físicas também devem avançar 2% (considerando vendas nas mesmas lojas) nas contas do banco. 

Para BR Distribuidora, o banco estima que os volumes totais devem aumentar em 20% em termos trimestrais no período, prevendo um Ebitda por metros cúbicos 67% maior em comparação com o segundo trimestre. 

Em relação ao Carrefour, o banco diz que é provável que continue se beneficiando da situação da Covid-19 durante o trimestre, favorável à empresa tanto na divisão de varejo quanto na de atacarejo. Em base consolidada, os estrategistas estimam uma margem Ebitda estável de 8,2% e um lucro líquido de 671 milhões de reais no período, avanço de 53,5% em termos anuais. 

Já Via Varejo, dizem, provavelmente deve informar crescimento de 3,0% nas vendas nas mesmas lojas no trimestre, com a abertura gradual das lojas físicas. Para a divisão de comércio eletrônico, eles projetam crescimento de 212% em termos anuais, resultando em um GMV online de 4,0 bilhões de reais. Também esperam que a receita líquida apresente um crescimento significativo em relação ao terceiro trimestre de 2019, chegando a 7,7 bilhões de reais, avanço de 36% em termos anuais, mas projetam uma margem bruta estável, em virtude da concorrência maior na divisão de comércio eletrônico. 

No setor de frigoríficos, eles apontam que JBS deve mostrar um crescimento do Ebitda de 26% em termos anuais, impulsionado tanto pelas divisões de carne bovina quanto pela JBS USA Carnes Suínas. Para Marfrig, estimam um Ebitda de 2,3 bilhões de reais, impulsionado em grande parte pelos spreads ainda elevados nos EUA, devido a um ambiente de demanda resiliente e aumento na carteira de pedidos de gado. 

Sobre Enauta, eles comentam que, em consequência dos contratos de petróleo Brent com preços mais elevados e da maior produção da Manati, a expectativa é que a empresa gere um Ebitda melhor em comparação com o valor ajustado do trimestre anterior.

No caso de Vivara, apontam que, em vista da reabertura gradual de suas lojas físicas, é aguardado que a empresa registre um declínio de um dígito baixo nas vendas nas mesmas lojas de 1,5%, e um crescimento de três dígitos médios em termos anuais no comércio eletrônico, embora desacelerando em termos trimestrais devido à aceleração das vendas  nas lojas físicas. No entanto, sinalizam ainda alguma pressão das despesas de vendas gerais e administrativas, relacionadas às campanhas de marketing para impulsionar as vendas no comércio eletrônico. 

Para B3, os estrategistas do banco comentam que os números operacionais relatados anteriormente do terceiro trimestre indicam outro conjunto de resultados fortes para a bolsa brasileira. Segundo eles, o crescimento consolidado do faturamento da empresa deve ser de 7% em termos trimestrais e de 34% em termos anuais. De uma perspectiva de rentabilidade, o Ebitda deve aumentar 14% em termos trimestrais, devido à forte alavancagem operacional e à normalização na linha de outras despesas, uma vez que as provisões relacionadas ao preço da ação devem diminuir substancialmente em uma base sequencial, comentam. 

Em relação à Energisa, a projeção é de resultados sólidos após uma rápida recuperação da crise da Covid-19, com expectativa de uma melhora nos volumes e custos de inadimplência de volta aos níveis anteriores à pandemia, com uma reversão potencial das provisões para inadimplência.

Por fim, sobre Alliar, eles preveem resultados brandos para o trimestre, apontando que a demanda levou mais tempo para se normalizar em comparação com a Pardini e a Fleury (em consequência de uma maior exposição aos exames de diagnósticos por imagem). Eles estimam que a receita líquida deva declinar 7% em termos anuais, juntamente com uma contração de 600 pontos-base na margem Ebitda, decorrente da esperada redução da alavancagem operacional no trimestre.

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