Invest

Itaú BBA eleva recomendação para WEG (WEGE3) mas diminui preço-alvo; entenda

Valuation barato é uma das razões apontadas para comprar as ações da empresa

Fábrica da WEG em Santa Catarina: ações da empresa estão baratas segundo BBA (Germano Lüders/Exame)

Fábrica da WEG em Santa Catarina: ações da empresa estão baratas segundo BBA (Germano Lüders/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 8 de agosto de 2022 às 16h09.

Última atualização em 8 de agosto de 2022 às 16h12.

O Itaú BBA atualizou sua recomendação para as ações da WEG (WEGE3) nesta segunda-feira, 8, elevando a recomendação de neutra para compra.

A recomendação, no entanto, veio acompanhada de uma atualização no preço-alvo, de R$ 46 para R$ 36. Apesar da queda, o novo preço pressupõe um upside (potencial de valorização) de 25% frente ao patamar de R$ 28,83 no qual a empresa era negociada na véspera.

Os analistas do banco citaram cinco motivos para a revisão das estimativas: valuation barato, baixo risco de desvantagem, perfil defensivo, execução de alta qualidade e bom ponto de entrada para um nome ESG.

1. Valuation barato

Depois de cair 20% nos últimos 12 meses – contra 10% de queda para o Ibovespa –, a WEG é negociada a um múltiplo de 26 vezes preço/lucro, bem abaixo do pico de outubro de 2020, quando era negociada a 74 vezes P/L. O valor também fica abaixo da média histórica de três anos para a empresa, que é de 44 vezes P/L.

“A ação também está barata em uma base relativa, sendo negociada com um prêmio consideravelmente abaixo de onde costumava ser negociado em relação aos pares industriais globais e uma cesta de nomes locais de alta qualidade (o prêmio é aproximadamente 30% abaixo da média histórica)”, informa  relatório.

2. Risco de desvantagem relativamente pequeno para o consenso

O Itaú BBA projeta um lucro 5% maior para a WEG em 2023 que o restante do mercado. Os analistas acreditam que os demais tem sido “excessivamente conservadores” ao projetar o potencial lucro líquido e faturamento da empresa.

“Além disso, vemos os ganhos da WEG como mais resilientes do que a maioria dos nomes locais, dada sua exposição a tendências estruturais globais e de longo prazo como, por exemplo, fornecimento de energia elétrica e energia renovável”, defendem.

3. Perfil defensivo em tempos de volatilidade

Segundo o BBA, a WEG tem historicamente superado o Ibovespa em períodos desafiadores para o mercado de ações devido ao seu sólido histórico operacional. 

“Comparando a correlação do desempenho das ações de nomes de alta qualidade com o IBOV, a WEG está entre as mais baixas, sugerindo que é uma excelente opção do ponto de vista de diversificação de portfólio. Isso se justifica pelos fundamentos da empresa, que incorporam uma exposição pulverizada em termos de geografias, setores e clientes”, dizem.

Não perca as últimas tendências do mercado: assine a EXAME por menos de R$ 0,37 e receba notícias em primeira mão

4. Execução de alta qualidade

Os analistas defendem ainda que a WEG tem superado consistentemente as estimativas de resultados trimestrais consensuais. 

“Estas surpresas positivas recorrentes, combinadas com margens sólidas, uma posição de liderança em vários mercados, crescimento constante de receita que se traduz em resultado final, e gestão experiente – entre várias outras características – reforçaram a percepção do mercado geral da WEG como uma empresa de alta qualidade”, afirmam.

5. Um dos melhores nomes ESG do Brasil

“O apetite dos investidores por nomes amigos de ESG mantém a WEG em seus radares”, defendem os analistas do BBA. A explicação estaria no fato de que a WEG está envolvida com temas considerados atrativos pelo setor, como energia renovável e veículos elétricos.

Veja também

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresitau-bbaWEG

Mais de Invest

Escândalo de suborno nos EUA custa R$ 116 bilhões ao conglomerado Adani

Petrobras aprova pagamento de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários

Dividendos bilionários da Petrobras, pacote fiscal e cenário externo: assuntos que movem o mercado

Ação da Netfix tem potencial de subir até 13% com eventos ao vivo, diz BofA