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Israel venderá primeiros títulos públicos em dólar desde o início da guerra

Investidores dão sinais de que estão mais confiantes na resistência da economia israelense

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 5 de março de 2024 às 07h46.

Israel está pronto para vender seu primeiro título internacional no mercado desde o início da guerra com o Hamas em outubro do ano passado.

O governo está oferecendo um título em dólar com parcelas de cinco, 10 e 30 anos, segundo informações da Bloomberg. Os termos finais, incluindo o rendimento, podem ser anunciados ainda nesta terça-feira.

Israel emitiu vários títulos privados em moedas como dólar, euro e iene desde o início do conflito. Mas ainda não entrou no mercado.

O país está oferecendo as notas mais curtas com orientação de spread de cerca de 160 pontos-base sobre os títulos do Tesouro dos EUA, o que equivaleria a um rendimento de aproximadamente 5,8%. A orientação é de cerca de 175 pontos-base para a parcela de 10 anos e 205 pontos-base para a dívida de 30 anos.

A guerra abalou a economia israelense, embora grande parte do choque das primeiras semanas já tenha passado. O shekel se recuperou muito nos últimos três meses e está muito mais forte do que quando o conflito começou em 7 de outubro.

Os rendimentos médios em dólares do governo caíram para cerca de 5,7%, após um pico de 6,5%, o que sugere que os investidores estão mais confiantes na resistência da economia. No entanto, os swaps de inadimplência de crédito de Israel - ou o custo de proteção contra uma inadimplência - continuam elevados. O Moody's Investors Service cortou a classificação do governo em um nível, para A2, no início deste mês, marcando o primeiro rebaixamento do país.

Segundo a Bloomberg, Israel terá de vender uma quantidade quase recorde de títulos este ano para financiar sua luta contra o Hamas. A maior parte dessa emissão ocorrerá no mercado de shekel, mas espera-se que os empréstimos estrangeiros ainda ultrapassem US$ 10 bilhões.

Bank of America Merrill Lynch, BNP Paribas, Deutsche Bank AG e Goldman Sachs Group estão organizando o acordo de Israel.

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