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Irã vira maior temor de investidores em emergentes com guerra Israel-Hamas

A guerra no Oriente Médio substituiu o Fed e o crescimento da China como a preocupação mais imediata dos investidores

Guerra de Israel-Hamas: conflito com o Irã subiu ao topo da lista das preocupações dos investidores (Sir Francis Canker Photography/Getty Images)

Guerra de Israel-Hamas: conflito com o Irã subiu ao topo da lista das preocupações dos investidores (Sir Francis Canker Photography/Getty Images)

Bloomberg
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Agência de notícias

Publicado em 9 de outubro de 2023 às 13h11.

Última atualização em 9 de outubro de 2023 às 17h34.

A possibilidade de um conflito com o Irã subiu ao topo da lista das preocupações dos investidores em mercados emergentes após a eclosão do conflito entre Israel e o Hamas no fim de semana.

A guerra no Oriente Médio substituiu o Federal Reserve (Fed, banco central americano) e o crescimento da China como a preocupação mais imediata dos investidores, depois dos ataques-surpresa do grupo militante no sábado, 7, que matou pelo menos 700 pessoas em Israel.

Embora a redução da exposição a risco na manhã desta segunda-feira, 9, tenha se concentrado em ações do Oriente Médio, houve impacto também em negociações de câmbio com peso mexicano e moedas do Leste Europeu.

Um dos principais receios é que os Estados Unidos possam assumir um papel mais ativo na guerra entre Israel e Hamas depois do envio de um grupo de porta-aviões para o Mediterrâneo Oriental e um artigo do Wall Street Journal que afirmou que o Irã estaria ativamente envolvido no planejamento do ataque. O Irã negou nesta segunda que estivesse envolvido.

Petróleo dispara com guerra de Israel e Hamas

A pressão sobre os preços do petróleo também gerou receio de efeitos colaterais sobre a inflação global.

“O consenso é que os efeitos deste conflito serão localizados”, disse Simon Harvey, chefe de análise de câmbio da Monex Europe. “Mas existe o risco de que isto se amplie em um conflito maior que ameaça desestabilizar a região como um todo, e é por isso que será dada muita atenção às ações dos EUA e Irã nos próximos dias.”

O shekel israelense caiu mais de 2% em relação ao dólar, mesmo depois de o Banco de Israel ter revelado um programa sem precedentes de US$ 45 bilhões para defender a moeda. A turbulência também afetou moedas de maior rendimento que estavam em voga para operações de carry trade no início deste ano, como peso mexicano e divisas do Leste Europeu.

“Por enquanto, o impacto está sendo em grande parte canalizado através do canal de risco e é por isso que vemos moedas de carry com posicionamento saturado suportando o impacto”, disse Harvey.

No mercado de dívida em dólar, os títulos de Israel e Jordânia registaram algumas das maiores perdas entre os mercados emergentes, mas as quedas em outros mercados do Oriente Médio foram limitadas.

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