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IRB Brasil Re levanta R$ 2 bi e emplaca IPO na 3ª tentativa

O capital movimentado foi para o bolso dos acionistas que conta com pesos pesados como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e a Caixa

IRB: a ação do IRB foi fixada em R$ 27,24, no piso da faixa indicativa de preço (IRB/Divulgação)

IRB: a ação do IRB foi fixada em R$ 27,24, no piso da faixa indicativa de preço (IRB/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de julho de 2017 às 20h35.

São Paulo - O ressegurador IRB Brasil Re levantou R$ 2,003 bilhões em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), tirando da gaveta a abertura de capital que estava ao menos há dois anos no planejamento.

Em sua terceira tentativa de listar ações na B3, a oferta foi apenas secundária, ou seja, o capital movimentado foi para o bolso dos acionistas que conta com pesos pesados como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e a Caixa.

A oferta de ações do IRB era apontada como uma das formas de o governo angariar recursos para compor suas contas fiscais.

No entanto, a União, que possui 11,68% do IRB, não foi vendedor. Já o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc) reduziu sua fatia, o que permitirá que o Fgeduc tenha liquidez e terá mais capacidade para a inadimplência do programa de crédito estudantil do governo, o Fies.

A ação do IRB foi fixada em R$ 27,24, no piso da faixa indicativa de preço, estabelecida entre R$ 27,24 e R$ 33,65. A demanda pela oferta, que representou mais de duas vezes o número de ações ofertadas, ganhou maior ritmo desde a quarta-feira, 26, de acordo com fontes próximas à operação.

Os coordenadores da oferta foram o Bradesco BBI (líder), BB Investimentos, Itaú BBA, JPMorgan, Brasil Plural, Bank of America Merrill Lynch e BTG Pactual.

Sua estreia na B3 será na próxima segunda-feira, 31, sob o código IRBR3. A listagem ocorre no Novo Mercado, segmento das mais elevadas exigências de governança corporativa da Bolsa brasileira.

O IPO do IRB era o último passo que faltava para que o ressegurador concluísse seu processo de desestatização. Fundada em 1939, a companhia deteve por cerca de 70 anos o monopólio do mercado de resseguros no Brasil. A operação foi aprovada pelo conselho de desestatização da companhia e teria de ocorrer até 2018.

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