Prédio do IRB Brasil (IRBR3) (IRB Brasil/Divulgação)
O IRB Brasil (IRBR3) divulgou na última segunda-feira (17) seu resultado do primeiro trimestre de 2022.
Nos primeiros três meses do ano, o IRB Brasil registrou um lucro líquido de R$ 80,5 milhões, uma alta de 58% em comparação com o mesmo período do ano passado.
No quarto trimestre de 2021, a resseguradora havia registrado um prejuízo líquido de R$ 370,9 milhões.
Os prêmios emitidos chegaram a R$ 2,0 bilhões, alta de 3,9% em relação ao R$ 1,93 bilhão registrado no primeiro trimestre de 2021.
Os prêmios emitidos no Brasil subiram 18,8%, chegando em R$ 1,24 bilhão, enquanto a emissão no exterior caiu 13,7%, para R$ 764,6 milhões.
Os prêmios retidos pelo IRB caíram 8,9% na comparação anual, para R$ 1,39 bilhão.
Segundo a resseguradora, esse resultado ocorreu em função da retrocessão (transferência de resseguros a outros agentes).
Sem a transferência de carteiras em perda, o prêmio retido - segundo o IRB - teria crescido 5,4% em um ano.
A sinistralidade do IRB, por sua vez, foi de 81%, alta de 8,9 pontos porcentuais em um ano, puxada pelos segmentos rural e de vida, este impactado pela pandemia do novo Coronavírus (Covid-19).
No rural, as perdas com a seca na Região Sul, que haviam pesado nas seguradoras, também se refletiram sobre a resseguradora.
O IRB informou que os sinistros relacionados a Covid-19 subiram mais de 160% em um ano, para R$ 64 milhões, mas que espera que o arrefecimento da pandemia no País reduza este efeito nos próximos trimestres.
A geração de caixa operacional foi negativa.
No primeiro trimestre de 2022, o caixa consumido pelas operações chegou a R$288,1 milhões. No mesmo período do ano passado a geração de caixa tinha sido positiva em R$175,6 milhões.
Entre as causas que a resseguradora apontou para essa contração do caixa estão o menor recebimento de prêmios (derivado da menor subscrição em 2021), maior velocidade no processamento de pagamentos e menor recuperação de sinistros.
"O movimento de redução de prêmios cobrados decorre em parte da diminuição de negócios observados em períodos recentes e pela sazonalidade observada em alguns contratos relevantes no trimestre. Já a menor recuperação de sinistros é motivada pelas características dos sinistros pagos, que diferem daqueles de 2021 e, portanto, implicam em diferentes índices de recuperação juntos aos retrocessionários", explicou o IRB no documento de divulgação dos resultados.