IRB-Brasil Re: ainda não há um cronograma, de acordo com o presidente da empresa, para que o IRB vá à bolsa (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2013 às 15h49.
Brasília - A abertura de capital do ressegurador IRB Brasil Re foi aprovada pelo conselho de desestatização da companhia e, portanto, deve ocorrer em até cinco anos, conforme o presidente da empresa, Leonardo Paixão.
Esse prazo começa a contar, segundo ele, neste mês, quando a resseguradora passou a atuar como uma companhia privada após 74 anos de operação como estatal.
Ainda não há um cronograma, de acordo com Paixão, para que o IRB vá à bolsa, mas o ressegurador quer estar pronto em dois anos para poder aproveitar as janelas de mercado. "A ideia de abrir capital é interessante e importante por conta do ganho de governança corporativa e também uma nova fonte de financiamento que hoje não está disponível", avaliou ele, em coletiva de imprensa.
Segundo o executivo, hoje o IRB não precisa captar recursos, entretanto, a expectativa de é que o ressegurador cresça, assuma mais riscos e tenha necessidade de mais capital. O patrimônio líquido da companhia está em cerca de R$ 2,5 bilhões.
O valor a ser captado, conforme Paixão, ainda não está definido e deve ser discutido com o novo bloco de controle do IRB formado pela BB Seguridade, Bradesco Seguros, Itaú Seguros e um fundo de participações da Caixa, cujos cotistas são fundos de pensões. Também não está certo quais acionistas podem sair do capital do IRB em uma eventual abertura de capital.
"Essa é uma decisão do próprio acionista. Quando olhamos um fundo com cotistas de fundos de pensão, sabemos que eles fazem um investimento em busca de um bom retorno e depois saem", disse o presidente do IRB.
Paixão acrescentou, que, do ponto de vista de mais liquidez, ser uma companhia listada é mais interessante para os acionistas. Isso porque uma empresa fechada não tem liquidez nos seus papéis. "É bem mais confortável ter ações negociadas em bolsa e com liquidez", avaliou ele.
A transformação em uma empresa privada se fez necessária por conta da abertura do mercado para novos entrantes. A maior concorrência forçou o IRB a se reestruturar para ser mais competitivo. Com a abertura do mercado brasileiro de resseguros, a participação no mercado do IRB caiu para 30% em 2010.
Desde então, a resseguradora passou a ser mais seletiva na análise dos riscos e a ser oficialmente uma companhia privada desde o início deste mês. A abertura de capital é a última etapa desse processo.