Prédio da B3 no centro de São Paulo: bolsa brasileira recebe hoje fundadores do Nubank para cerimônia de comemoração da negociação de BDRs do banco | Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg (Patricia Monteiro/Bloomberg/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2021 às 07h16.
Última atualização em 10 de dezembro de 2021 às 09h19.
A semana termina nesta sexta-feira com uma agenda cheia de eventos e divulgação. No radar dos investidores, em particular no Brasil, estará a divulgação de dois indicadores de inflação ao consumidor em novembro, no Brasil e nos Estados Unidos: o IPCA e o CPI, às 9h e às 10h30, respectivamente.
No mercado global, índices de ações da Europa e futuros dos índices em Nova York com leve queda e leve alta, respectivamente, com investidores no aguardo da divulgação do CPI, que pode pesar de forma decisiva para a reunião do Federal Reserve (o Fed) da próxima semana.
Veja a seguir os principais índices de ações às 6h50 de Brasília:
Veja a seguir o resumo dos principais destaques desta sexta-feira:
O IBGE divulga às 9h o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de novembro, que deve apontar uma leve desaceleração na margem, com uma variação de 1,09%, segundo estimativa da equipe de Macro & Estratégia do BTG Pactual no relatório Spoiler Macro. A taxa no acumulado em 12 meses atingiria o pico no ano, em 10,87%.
Em outubro, essas variações ficaram em 1,25% e 10,67%, respectivamente.
O consenso de mercado aponta para uma inflação ao consumidor medida pelo CPI de 0,7% em novembro na comparação com outubro e uma taxa anualizada de 6,7%, o que seria a mais elevada desde o começo dos anos de 1980.
Somando-se ao fato de que o número de pedidos de auxílio-desemprego na última semana foi o menor em mais de meio século -- sinal de que o emprego está em situação confortável em termos de demanda por vagas --, uma inflação em aceleração em níveis já elevados pode ser decisiva para que os integrantes do Fed decidam na semana que vem intensificar o tapering, o programa de retirada de estímulos por meio da compra de ativos.
O dia também reserva para às 10h30 a cerimônia de comemoração pela negociação de BDRs (recibos de ações listadas no exterior) do Nubank na B3, em São Paulo (os papeis começaram a ser operados ontem), com o tradicional toque de sino que marca o início de pregão. Os fundadores David Vélez, Cristina Junqueira e Edward Wible são presença garantida, um dia depois de fazerem o mesmo na Bolsa de Nova York.
As ações do Nubank (NU) na Nyse fecharam em alta de 14,78% na estreia ontem, enquanto os BDRs (NUBR33) subiram 20,10%.
O banco digital ganhou cerca de 58,5 bilhões de reais em valor de mercado no primeiro dia, encerrando o pregão a 290 bilhões de reais, como terceira empresa brasileira de capital aberto mais valiosa, atrás apenas de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3, PETR4).
O Enjoei (ENJU3), plataforma líder em venda de produtos usados, anunciou nesta madrugada a sua primeira aquisição desde o IPO há mais de um ano: a Gringa, marca de revenda de bolsas, sapatos e acessórios de luxo fundada pela atriz e apresentadora Fiorella Mattheis.
O valor do negócio ficou em 14,25 milhões de reais, por fatia equivalente a 95% do capital da startup e pagamento em dinheiro, mais 200.025 ações ordinárias que serão emitidas para Fiorella e outros sócios investidores pelos demais 5%.
Haverá ainda um earn-out, pagamento adicional que pode chegar a 7 milhões de novas ações ordinárias em 2025, a depender do atingimento de metas.
A Gringa continuará a operar como marca independente, com Fiorella à frente da operação e como embaixadora, mas de forma integrada à plataforma do Enjoei. A startup opera uma plataforma online de artigos de luxo, com a curadoria como um dos principais diferenciais, e começou a operar em junho de 2020, em meio à pandemia.
O crescimento tem sido acelerado: o volume de produtos transacionados (GMV, na sigla em inglês) atingiu o valor anualizado de 18 milhões de reais em outubro, com alta anual de 330%.