Bovespa: o DI para janeiro de 2015 registrava 11,14%, ante 11,13% no ajuste anterior (Paulo Fridman/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2014 às 09h55.
São Paulo - Os juros futuros abriram em alta nesta quarta-feira, 12, impulsionados pela leitura do IPCA de fevereiro e outros dados que apontam para um salto da inflação. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta manhã que o IPCA de fevereiro subiu 0,69% ante janeiro, acima da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 0,65%.
Em relação a fevereiro do ano passado, a alta foi de 5,68%. Apesar disso, o índice de difusão - que mede o quanto a alta de preços está disseminada entre os itens que compõem a cesta - caiu para 63,6% em fevereiro, de 71,5% em janeiro, o que segura um pouco os ganhos dos juros.
Mais cedo, a primeira prévia do IGP-M de março mostrou alta de 1,16%, o que representa uma forte aceleração da marca de 0,22% na primeira prévia do mesmo índice de fevereiro. O resultado, apurado pela FGV, ficou acima da mediana das estimativas, de 0,98%, e dentro do intervalo, de 0,83% a 1,30%, encontradas com base em levantamento AE Projeções.
Já o IPC-FIPE, que mede a inflação em São Paulo, teve alta de 0,57% na 1ª quadrissemana de março, também acima da mediana das projeções, de 0,50%.
Após caírem na terça-feira, 11, os juros futuros têm espaço para uma correção em alta hoje. Por volta das 9h25 a taxa do DI para julho de 2014 apontava 10,80%, exatamente no ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2015 registrava 11,14%, ante 11,13% no ajuste anterior. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 apontava 12,57%, de 12,55%. O DI para janeiro de 2021 estava em 13,01%, de 12,97%.
Também está no radar dos investidores a reunião do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com empresários, às 11 horas, em Brasília. Além disso, continua a visita dos representantes da agência de classificação de risco Standard & Poor's ao País para reavaliar o rating soberano.
Segundo a Agência Estado apurou, com fontes do setor privado que estiveram reunidas com a S&P, a decisão está em aberto, mas há quem acredite que eles "reconhecem as qualidades" do Brasil, principalmente após a definição da meta de um superávit primário de 1,9% para este ano.