Roberto Campos Neto, presidente do BC: IPCA deve fechar 2023 acima do centro da meta (Edilson Rodrigues/Agência Senado/Flickr)
Repórter de Invest
Publicado em 11 de janeiro de 2024 às 08h38.
Última atualização em 11 de janeiro de 2024 às 10h49.
Bolsas internacionais apresentam leves altas na manhã desta quinta-feira, 11, enquanto investidores esperam pela divulgação dos dados da inflação americana, os mais aguardados da semana.
A expectativa é de que o núcleo do Índice de Preço ao Consumidor (CPI, na sigla e inglês) fique em 0,3% em dezembro, fechando 2023 a 3,8%. Se confirmado, o dado representará uma leve queda em relação na inflação de 12 meses, que estava em 4% em novembro.
Os números de hoje são bastante aguardados por serem uma das principais peças do quebra-cabeça do Federal Reserve (Fed). Se os dados do mercado de trabalho têm feito investidores reduzirem as expectativas por cortes de juros mais agressivos, a desinflação tem sugerido o oposto, ao menos até agora.
"Acreditamos que a perspectiva cortes nas taxas de juros em março ou abril é demasiado otimista, mas essa conclusão pode ser alcançada mesmo se o IPC ir de encontro ao consenso hoje", afirma o banco ING em relatório. Nesta manhã, o mercado precifica cerca de 67% de chance de cortes em março, com uma maior probabilidade de o Fed encerrar o ano com a taxa abaixo de 4%. Mas uma surpresa negativa do lado da inflação pode levar investidores a precificarem um ciclo menos intenso de queda de juros.
Dados de inflação também deverão permear as discussões no mercado brasileiro, com a divulgação Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro. O consenso para o indicador é de uma alta de 0,48% no mês, com a inflação encerrando o ano a 4,54%. O número, caso confirmado, seria acima da meta de 3,25%, mas dentro da banda de tolerância de 1,5 ponto percentual.
No Brasil, no entanto, há poucas incertezas sobre a política monetária de curto prazo, dada as sinalizações do Banco Central de que manterá o ciclo de corte de juros em 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões.
O Google demitiu centenas na última noite de seus 180.000 funcionários, segundo o jornal The New York Times. As demissões ocorreram em diversas áreas, incluindo principal divisão de engenharia. O objetivo dos cortes seria a redução de despesas para maior foco em inteligência artificial.