Inflação: indicadores dos EUA e do Brasil serão divulgados nesta manhã (Leandro Fonseca /Exame)
Redatora
Publicado em 12 de agosto de 2025 às 08h10.
Os mercados amanhecem nesta terça-feira, 12, em compasso de espera pela divulgação de indicadores que podem definir a trajetória de juros no Brasil e nos Estados Unidos.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga às 9h o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho.
Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do mesmo mês será divulgado às 9h30, com expectativa de leve aceleração da inflação anual para 2,8%.
Os dados chegam após um relatório de emprego mais fraco no mercado americano e podem reforçar as apostas de corte de 0,25 ponto percentual na reunião de setembro do Federal Reserve (Fed).
Na agenda internacional, também está previsto para hoje o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
No cenário corporativo, a temporada de balanços entra na reta final. O BTG Pactual divulgou resultados antes da abertura da B3, enquanto Americanas, CVC, Light e MRV apresentam seus números após o fechamento.
Lá fora, as atenções se voltam para a Intel, que avançou 2,5% no after hours em Nova York após o presidente Donald Trump relatar um encontro “interessante” com o CEO da companhia, até recentemente alvo de críticas da Casa Branca.
Na política brasileira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa às 14h30 da comissão mista responsável por analisar a Medida Provisória (MP) que trata do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no Senado.
O plano de contingência fiscal, ainda sem consenso no governo, deve ser adiado mais um dia, após o cancelamento de uma reunião entre Haddad e o secretário do Tesouro dos EUA para discutir as tarifas impostas por Washington.
Às 18h, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concede entrevista à BandNews.
No setor de energia, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Petrobras realizam hoje uma reunião preparatória sobre a exploração na Foz do Amazonas.
As bolsas da Ásia encerraram a terça-feira, 12, majoritariamente em alta, impulsionadas pela prorrogação da trégua tarifária entre Estados Unidos e China.
O Nikkei 225, do Japão, subiu 2,15%, renovando recorde histórico, enquanto o S&P/ASX 200, da Austrália, avançou 0,41% após o banco central cortar os juros em 0,25 ponto percentual, para 3,6% ao ano.
Na China, o Shanghai Composite ganhou 0,50% e o Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,25%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, recuou 0,53%.
Na Europa, por volta das 8h (horário de Brasília), o cenário era misto: o DAX, de Frankfurt, caía 0,43%, o CAC 40, de Paris, avançava 0,12%, o Stoxx 600 tinha leve alta de 0,01% e o FTSE 100, de Londres, ganhava 0,13%.
Nos Estados Unidos, os futuros operavam próximos da estabilidade: Dow Jones avançava 0,03%, S&P 500 recuava 0,11% e Nasdaq 100 caía 0,01%.