Preço da gasolina acumula alta perto de 40% em 12 meses, segundo o IPCA | Foto: Getty Images (Sol de Zuasnabar Brebbia/Getty Images)
Da redação, com agências
Publicado em 24 de setembro de 2021 às 10h43.
Última atualização em 24 de setembro de 2021 às 10h52.
Os contratos DIs, de juros futuros, subiram em todos os cenários a partir de janeiro de 2022 com investidores reagindo à divulgação da prévia da inflação de setembro pelo IBGE, que superou as expectativas de mercado. Os contratos com vencimento em janeiro de 2027 saltaram de 10,38% para 10,50%.
A alta do IPCA-15 chegou aos dois dígitos no acumulado em 12 meses pela primeira vez desde o início de 2016, em 10,05%. Trata-se do patamar mais elevado desde fevereiro de 2016.
Em meio ao intenso movimento de aperto monetário diante das preocupações com a inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 1,14% em setembro, depois de alta de 0,89% em agosto.
Esse foi o maior resultado mensal para o índice desde fevereiro de 2016 (1,42%) e a taxa mais elevada para um mês de setembro desde 1994, ano de início do Plano Real.
A meta oficial para este ano é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A forte pressão inflacionária recente levou o Banco Central a elevar a taxa básica de juros Selic nesta semana a 6,25% ao ano, no segundo aumento seguido de 1 ponto percentual. No mercado, a mediana das expectativas aponta a Selic em 8,25% ao ano ao fim de 2021.
"Com certeza (essa inflação) pressionará o Banco Central até o próximo Copom (no início de novembro). O mercado vai pedir alta maior que 1 ponto (percentual na Selic)", afirmou Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.
Os resultados ficaram acima das expectativas em pesquisa da Reuters, em que analistas apontaram avanços do IPCA-15 de 1,02% e 9,93%, respectivamente, nas comparações mensal e anual.
Os maiores vilões do IPCA-15 em setembro foram, mais uma vez, gasolina e energia elétrica, de acordo com os dados do IBGE.
Os combustíveis subiram em setembro 3,0% depois de alta de 2,02% no mês anterior. Somente a gasolina disparou 2,85% e acumula avanço de 39,05% nos últimos 12 meses.
(Com a Reuters)