Bovespa: ao término da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 marcava 10,859% (BM&FBovespa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2014 às 17h06.
São Paulo - Após o IPCA-15 de abril no piso das estimativas e o pior Caged de março desde 1999, a estrutura a termo da curva de juros passou a precificar hoje uma chance levemente maior de manutenção da Selic em maio.
Nem mesmo o desemprego reportado pelo IBGE no menor nível da história em março foi suficiente para elevar as taxas futuras. O dólar, enquanto isso, terminou perto da estabilidade, após uma sessão bastante volátil.
Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 (19.045 contratos) marcava 10,859%, de 10,864% no ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2015 (233.485 contratos) registrava 11,02%, de 11,06% no ajuste anterior.
O DI para janeiro de 2017 (222.330 contratos) apontava 12,34%, de 12,45% véspera. E o DI para janeiro de 2021 (34.290 contratos) estava em 12,67%, de 12,79%.
A alta de 0,78% do IPCA-15 deste mês surpreendeu pelo lado positivo, embora tenha se acelerado em relação ao avanço de 0,73% do indicador em março.
O resultado ficou abaixo da mediana projetada, de 0,83%, e colado ao piso do intervalo das previsões, que ia de 0,76% a 0,91%.
Contudo, a alta de 0,78% é a maior desde janeiro de 2013, quando o indicador subiu 0,88% e, no acumulado dos últimos 12 meses, tem avanço de 6,19% - encostando cada vez mais no teto da meta, de 6,5%.
Já a queda da taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país para 5,0% em março, de 5,1% em fevereiro, renovando a mínima da série histórica, foi praticamente relegada pelo mercado de juros futuros.
Os operadores deram mais atenção para o Caged, que mostrou a criação de apenas 13.117 vagas de trabalho em março, bem abaixo do piso das previsões, que iam de 50.000 a 178.000 postos.