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Invista em ações com ou sem Dilma, diz corretora Alpes

Analistas acreditam que, independentemente do vencedor, será possível encontrar boas ações após as eleições deste ano


	Dilma Rousseff: caso a presidente vença, a melhor opção seria de setores mais defensivos
 (Reuters)

Dilma Rousseff: caso a presidente vença, a melhor opção seria de setores mais defensivos (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 16h31.

São Paulo - Analistas da corretora Alpes avaliaram possíveis cenários para a bolsa brasileira em função do resultado da eleição presidencial deste ano.

Em relatório enviado a clientes, eles acreditam que, independentemente do vencedor, será possível encontrar boas ações para investir.

Segundo a equipe de análise da corretora, caso a presidente Dilma Rousseff, do PT, vença as eleições, a melhor opção seriam “as ações de setores mais defensivos, privilegiando uma escolha cuidadosa de papéis (stock picking)”.

As empresas escolhidas pelos investidores deveriam ter em comum um alto poder de segurar seus preços e também forte resistência a cenários de crise.

Além disso, devem ser boas geradoras de caixa e com baixo endividamento.

“Empresas exportadoras, beneficiadas por um cenário de real desvalorizado e aquelas ligadas a programas de incentivos do governo, como o Minha Casa, Minha Vida” também estariam entre as melhores escolhas.

Entre as empresas destacadas, estão a fabricante de bebidas Ambev, a empresa de cartões Cielo, a Cosan, do setor de álcool e açúcar e distribuição de combustíveis, a Ultrapar do setor químico e dona dos postos Ipiranga, a mineradora Vale, Klabin, de papel e celulose, a BR Foods, de alimentos, a Embraer, a construtora Direcional e Kroton, de educação.

Quais evitar?

No caso de uma reeleição de Dilma, segundo os analistas da Alpes, é melhor ficar longe de ações de empresas estatais e de setores regulados pelo governo.

Esses papéis tiveram fortes momentos de alta até agora, reagindo a rumores sobre pesquisas eleitorais.

De acordo com a corretora, se o partido de situação vencer, “as ações dessas empresas podem devolver os ganhos”.

Portanto, nada de correr para ações da Petrobras, do Banco do Brasil e das empresas do setor elétrico, dentre outras.

E se a oposição levar?

Em caso de vitória da oposição, a Alpes acredita que a entrada de capital especulativo, atraído por possíveis mudanças na economia, impulsionaria a bolsa como um todo.

Assim, os analistas recomendam que os investidores privilegiem empresas com uma maior correlação positiva entre o preço de sua ação e o desempenho do Ibovespa. Dessa forma, se o índice subir, a ação subirá também.

Outro segmento para investir é o de estatais, já que uma mudança no governo traria expectativa de melhora na governança dessas companhias.

Empresas de setores regulados também seriam boa opção, “com maior respeito a contratos e marcos regulatórios”.

Ações de empresas do setor industrial estão na lista da Alpes também, pois os analistas acreditam que uma vitória da oposição traria menor intervenção do governo na economia e na política cambial.

As empresas com ações que poderiam render bons lucros nesse cenário são Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil, Cemig, AES Tietê, Itaú Unibanco, CCR, Tupy, Weg e Lojas Renner.

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