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Investidores optam por cautela e juros pouco oscilam

Os vencimentos mais curtos seguiram perto dos ajustes, enquanto as taxas de longo prazo exibiram leve alta, em linha com o avanço dos Treasuries


	Os juros curtos até oscilaram ao longo do dia, ao sabor dos indicadores, mas acabaram voltando para os patamares anteriores diante da percepção de que nada mudou, por ora
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Os juros curtos até oscilaram ao longo do dia, ao sabor dos indicadores, mas acabaram voltando para os patamares anteriores diante da percepção de que nada mudou, por ora (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 17h12.

São Paulo - Com os mercados norte-americanos fechados antecipadamente, devido ao feriado da quinta-feira, 04, nos Estados Unidos, e sem uma agenda relevante de indicadores domésticos, as taxas futuras de juros praticamente não se moveram na tarde desta quarta-feira, 03.

Os vencimentos mais curtos seguiram perto dos ajustes, enquanto as taxas de longo prazo exibiram leve alta, em linha com o avanço dos Treasuries, os títulos do Tesouro dos EUA. Os investidores optaram pela cautela diante do feriado norte-americano e nesta semana que antecede o encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nos próximos dias 9 e 10.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para outubro de 2013 (49.485 contratos) estava em 8,42%, de 8,43% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2014 (107.215 contratos) marcava 8,85%, ante 8,84%.

O vencimento para janeiro de 2015 (216.340 contratos) indicava taxa de 9,65%, ante 9,67% na véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (168.765 contratos) apontava 10,87%, ante 10,81%. O DI para janeiro de 2021 (11.195 contratos) estava na máxima de 11,22%, de 11,09% no ajuste anterior.

Os juros curtos até oscilaram ao longo do dia, ao sabor dos indicadores, mas acabaram voltando para os patamares anteriores diante da percepção de que nada mudou, por ora.

As taxas subiram, inicialmente, com a alta do dólar, mas viraram posteriormente com alguns indicadores dos EUA. Segundo um gestor, o cenário desta sessão é apenas uma continuação do que aconteceu na véspera. Em sua opinião, após o fraco resultado da produção industrial em maio, que caiu 2% ante abril, e diante de outros sinais de fraqueza da economia, os investidores se mostram mais convictos de que o crescimento da atividade brasileira será fraco mais uma vez, o que impedirá qualquer explosão inflacionária.

Dentre os indicadores domésticos, o Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) subiu 5,34% no mês passado em relação a maio. Foi o maior avanço desde julho de 2012, quando a alta foi de 7,82%. Com o resultado, o índice do BC reduziu a queda acumulada no ano para 2,43%. Em 12 meses, o IC-Br ainda acumula alta de 6,93%.

Além disso, o índice PMI composto do Brasil medido pelo HSBC ficou em 51,1 em junho, de 51,2 em maio, marcando o décimo mês consecutivo de alta. Já o Índice de Atividade de Negócios do setor de serviços, sazonalmente ajustado, ficou em 51,0 em junho.

No exterior, os indicadores dos EUA vieram mistos. A sondagem de serviços ISM caiu para 52,2 em junho, ante uma previsão de 54. Por outro lado, houve criação de 188 mil empregos em junho no setor privado, acima da previsão de +160 mil. Os números oficiais do mercado de trabalho saem na sexta-feira, 05, após o feriado pelo Dia da Independência nos EUA.

O cenário internacional nesta manhã trouxe ainda as incertezas políticas em Portugal, com a renúncia de dois ministros, que levantaram dúvidas sobre a capacidade de o país prosseguir com a política de austeridade semanas antes de uma nova rodada de negociação com os credores.

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