Mercados

Investidores "esnobam" ações de energia, diz JP Morgan

Setor é o grupo do S&P 500 com o segundo pior desempenho do ano

Posicionamento, confiança e valuations do setor estão em níveis muito baixos. (David Silverman/Getty Images)

Posicionamento, confiança e valuations do setor estão em níveis muito baixos. (David Silverman/Getty Images)

TL

Tais Laporta

Publicado em 27 de setembro de 2019 às 14h31.

Última atualização em 27 de setembro de 2019 às 15h04.

O setor de energia dos Estados Unidos é o grupo de ações do S&P 500 com o segundo pior desempenho este ano, com alta de 5,3%, enquanto o índice amplo acumula ganho de 19%. Isso apesar de o setor de energia ser o queridinho de analistas de Wall Street, receber atenção de alguns investidores asiáticos e votos de confiança de firmas como Morgan Stanley Wealth Management.

Dubvrako Lakos-Bujas, o analista do JPMorgan que escreveu a nota em 26 de setembro, renovou a recomendação de abril para comprar ações de exploradores e produtores de energia.

“A complacência dos investidores em relação à energia é desconcertante”, disse Lakos-Bujas. “O mercado deve atribuir um prêmio estrutural ao complexo de ações de petróleo, sendo que o Oriente Médio atualmente é uma caixa de explosivos.”

O posicionamento, a confiança e os valuations do setor estão em níveis muito baixos no momento, disse o JPMorgan. Fundos sistemáticos estão underweight em petróleo e os investidores institucionais “o abandonaram”, afirmou o relatório. Isso apesar do fato de as compras de executivos do setor estarem no pico do ciclo, com bons anúncios de recompra e dividendos altos.

Aspectos “técnicos favoráveis, melhora dos fundamentos com estabilização do ciclo de negócios e tensões geopolíticas contínuas no Oriente Médio podem ajudar a redirecionar os fluxos para esse setor odiado e barato universalmente”, disse Lakos-Bujas.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresEnergia

Mais de Mercados

“Trump não deverá frear o crescimento da China”, diz economista-chefe do Santander

Vendas do Wegovy, da Novo Nordisk, disparam 79% no 3º trimestre

Ibovespa opera em forte queda com IPCA acima do esperado e frustração com a China; dólar sobe a 1,7%

Cogna reduz em 72% prejuízo no 3º tri com crescimento de Kroton e já mira dividendos em 2025