No balcão, a moeda à vista terminou em R$ 3,145 (-0,22%), oscilando da máxima de R$ 3,184 (+1,02%) à mínima de 3,144 (-0,25%) (Scott Eells)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2015 às 17h32.
São Paulo - O real teve um respiro ante o dólar nesta quarta-feira, 27, depois de a moeda americana cravar quatro sessões seguidas de alta, mas devolvendo quase nada da valorização de 4,89% acumulada neste período.
O sinal negativo foi confirmado a partir da última hora de negócios, refletindo ajustes técnicos de posição, em meio também à perda de fôlego do dólar no exterior.
No balcão, a moeda à vista terminou em R$ 3,145 (-0,22%), oscilando da máxima de R$ 3,184 (+1,02%) à mínima de 3,144 (-0,25%). O volume era de US$ 844 milhões perto das 16h30. O dólar para junho recuava 0,30%, a R$ 3,149.
O dólar passou a maior parte da sessão em alta, acompanhando a tendência externa e contrariando a expectativa de um alívio após a aprovação, ontem, da Medida Provisória 665, que aperta regras para concessão de benefícios trabalhistas, como auxílio-desemprego e abono salarial.
As supostas divergências entre os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Fazenda, Joaquim Levy, também continuaram pesando nos negócios na primeira etapa. Sobre o assunto, a presidente Dilma Rousseff negou haver conflito.
Segundo ela, a posição de ambos no governo é "extremamente estável". "Nunca houve, desde o momento em que eles assumiram as suas funções, nenhum problema com eles", afirmou.
No meio da tarde, a moeda atingiu níveis interessantes para uma realização de lucros, atraindo os vendedores e também players reduzindo posições compradas no futuro, o que culminou na inversão do sinal positivo. O alívio foi, porém, limitado, pois há votações importantes das demais MPs do ajuste fiscal no Congresso esperadas para hoje.