São Paulo - O apetite dos investidores se voltou hoje para as ações, direcionando os recursos para a Bolsa de Valores de São Paulo, internamente, e tirando força da alta do dólar que se desenhava pela manhã. "O nome do jogo por enquanto é volatilidade", afirmou um operador, mas, em dia fraco de indicadores como hoje, prevaleceu a vontade de mirar ativos mais rentáveis.

O dólar comercial fechou em baixa de 0,45%, cotado a R$ 1,78 no mercado interbancário de câmbio, após oscilar entre a mínima de R$ 1,777 e a máxima de R$ 1,801. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista caiu 0,61% para R$ 1,779. Em março, o dólar comercial acumula queda de 1,44%; no ano, a variação é de +2,12%. O euro comercial cedeu 0,66% hoje para R$ 2,421.

A prova do apetite do investidor podia ser vista na alta da Bolsa brasileira, que às 16h58 registrava ganho de 2,08% a 69.999 pontos. Bruno Lima, consultor em gerenciamento de risco da consultoria FCStone, lembrou que os investidores estrangeiros têm reduzido sua posição comprada no mercado futuro de dólares nos últimos dias, decididos a apostar na Bolsa. Na última sexta-feira de fevereiro, por exemplo, essa posição era de US$ 2,89 bilhões, mas foi reduzida para US$ 911 milhões uma semana depois (dia 5 de março).

O mercado aguarda uma reunião convocada pelo Banco Central para a próxima semana em que serão apresentadas medidas para a modernização do mercado de câmbio. Mas nada que "faça preço" por enquanto, segundo os operadores. O BC voltou a comprar dólares no mercado à vista esta tarde e fixou a taxa de corte das propostas em R$ 1,7805.

No segmento de câmbio turismo, o dólar caiu 0,16% hoje para R$ 1,877 (venda) e R$ 1,773 (compra), em média. O euro turismo recuou 0,78% no dia para R$ 2,55 (venda) e R$ 2,41 (compra).