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Investidor que antecipou impacto da Covid em Wall Street faz novo alerta

Diretor de investimentos da Guggenheim Investments alerta para novos impactos da pandemia, especialmente no mercado de crédito

Avanço da segunda onda nos países desenvolvidos é ameaça para a retomada da economia global (Aly Song/Reuters)

Avanço da segunda onda nos países desenvolvidos é ameaça para a retomada da economia global (Aly Song/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 25 de outubro de 2020 às 07h00.

Última atualização em 9 de novembro de 2020 às 10h05.

O diretor de investimentos da Guggenheim Investments, Scott Minerd, disse que a pandemia de Covid-19 avançará até ecoar um dos piores surtos virais da história. Quer saber onde investir melhor diante da pandemia? Então conte com a assessoria do BTG Pactual.

“À medida que entramos na temporada de gripe de inverno (no Hemisfério Norte), mais atividades em ambientes fechados provavelmente farão com que os casos se acelerem mais, ecoando a pandemia de 1918”, escreveu na quinta-feira, 22, em memorando para clientes. Minerd acrescentou que a segunda onda de casos de coronavírus pode superar o número visto após o surto inicial.

A pandemia de gripe de 1918 matou cerca de 50 milhões de pessoas no mundo. A atual crise de saúde causou mais de 1 milhão de mortes até agora.

Minerd começou a enviar alertas antes de muitos de seus colegas de Wall Street. Em fevereiro, ele disse à Bloomberg Television que a pandemia de coronavírus é possivelmente a pior coisa que havia visto em sua carreira e que seria difícil imaginar um cenário em que poderia ser contida.

O aumento previsto de casos pode agravar a instabilidade política em torno das eleições de 3 de novembro nos Estados Unidos, resultando em “forte aperto das condições financeiras e retração dos gastos dos consumidores e investimento empresarial”, escreveu.

Minerd vê a deterioração das condições de crédito, com até 300 bilhões de dólares em dívida corporativa caindo abaixo do grau de investimento até o fim do próximo ano, bem como a queda do mercado acionário, o que criaria oportunidades de compra. O investidor aplicou bilhões de dólares em meados de março, gastando mais do que a maioria em Wall Street quando os preços do crédito despencaram.

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