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Investidor prevê dólar a R$ 3,50 com Bolsonaro presidente

Gestor estará atento para ver se o novo governo poderá aprovar algum tipo de reforma da Previdência para reduzir o déficit orçamentário

Bolsonaro: gestor vai observar de perto quem Bolsonaro escolhe para sua equipe econômica (REUTERS/Pilar Olivares/Reuters)

Bolsonaro: gestor vai observar de perto quem Bolsonaro escolhe para sua equipe econômica (REUTERS/Pilar Olivares/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 12 de outubro de 2018 às 08h12.

Última atualização em 12 de outubro de 2018 às 08h12.

(Bloomberg) -- Tim Alt, gestor de fundos da Aviva Investors Americas - que previu em setembro o rali do real depois da eleição - está antecipando mais força para a moeda.

Alt tem como meta R$ 3,50 por dólar no final do ano em seu cenário, um aumento de 7,2 por cento em relação aos níveis atuais, caso Jair Bolsonaro vença o segundo turno. Depois disso, ele estará atento para ver se o novo governo poderá aprovar algum tipo de reforma da Previdência para reduzir o déficit orçamentário.

"Não apenas o forte desempenho de Bolsonaro, mas também de seus apoiadores no Congresso e algumas das eleições estaduais, dão um pouco mais de conforto", disse Alt. "Isso pode e deve apoiar os preços dos ativos brasileiros no curto prazo."

O gestor vai observar de perto quem Bolsonaro escolhe para sua equipe econômica e adverte que, caso o crescimento econômico não se materialize, as tendências mais populistas do capitão da reserva podem vir à tona.

Ele também diz que, enquanto Bolsonaro venceu o primeiro turno com 46% dos votos, ainda há um pequeno risco de vitória do candidato do PT, Fernando Haddad. Assim, ele realizou algum lucro com o real depois do rali de sete dias consecutivos até quarta-feira.

Alt destacou que a maior parte do fluxo cambial para o país tem sido de investimento estrangeiro direto, e não capital especulativo, e essas são razões para sustentação do real. A grande reserva cambial também reforça as perspectivas do país.

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