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Investidor está pessimista demais para 2022, alerta JPMorgan; entenda

Política monetária hawkish do Fed e variante Ômicron levaram o mercado a adotar posições defensivas demais, aponta um dos grandes bancos de Wall Street

Investidor se preparou demais para uma tempestade em razão do aumento esperado dos juros pelo Fed e do avanço da variante Ômicron, diz JPMorgan | Foto: Brendan McDermid/Reuters (Brendan McDermid/Reuters)

Investidor se preparou demais para uma tempestade em razão do aumento esperado dos juros pelo Fed e do avanço da variante Ômicron, diz JPMorgan | Foto: Brendan McDermid/Reuters (Brendan McDermid/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 30 de dezembro de 2021 às 06h45.

Não há razão para temer que a alta que impulsionou as ações dos Estados Unidos para recordes sucessivos neste ano termine em breve, de acordo com estrategistas do JPMorgan Chase. Na verdade, mais investidores podem aderir ao movimento em breve.

“As condições para uma grande onda vendedora não estão em vigor agora, dado o já baixo posicionamento do investidor, as recompras recordes, os amplificadores sistemáticos limitados e a sazonalidade positiva de janeiro”, escreveram estrategistas liderados por Dubravko Lakos-Bujas em nota a clientes.

“O posicionamento do investidor é muito pessimista -- o mercado levou longe demais as narrativas pessimistas de banco central [o Fed] hawkish e quanto à Ômicron.”

Enquanto o S&P 500 subiu para outro recorde na semana passada e nesta -- foram 69 recordes neste ano até o último dia 27 --, a recuperação tem sido cada vez mais impulsionada por um grupo restrito de empresas com grande capitalização de mercado, algo que relembra a bolha de ações de tecnologia na virada do século.

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Com a recuperação econômica após a queda induzida pela pandemia, alguns gestores de fundos alertaram que o próximo estágio do ciclo é uma correção, à medida que bancos centrais e governos diminuem as medidas de estímulo para controlar o aumento da inflação.

Para os estrategistas do JPMorgan, no entanto, a “extrema dispersão do mercado acionário e a concentração recorde em ações” são indicadores abundantes de cautela, não de um selloff (uma onda vendedora) iminente. Os investidores têm tratado as empresas com grande capitalização como portos seguros, ou “pseudo-títulos”, escreveram.

No mínimo, o declínio das empresas menores de seus picos oferece aos investidores pontos de entrada atrativos para ações que se beneficiam da reabertura, como viagens e hospitalidade, bem como energia e e-commerce, à medida que a inflação se normaliza e as preocupações com o Fed hawkish diminuem, disseram os estrategistas.

A perspectiva de alta ecoa a dos estrategistas do Goldman Sachs, que também disseram no início de dezembro que a desaceleração do rali não aponta para uma baixa acentuada iminente.

“O aumento da concentração não é um indicador confiável para os picos do mercado”, disseram os estrategistas do JPMorgan.

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