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Investidor está com medo de quem está assustado, diz JP

Aumento da aversão ao risco se deu por um movimento de medo generalizado


	Jornais anunciam vitória de Obama nas eleições
 (REUTERS)

Jornais anunciam vitória de Obama nas eleições (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 16h02.

São Paulo – A reação dos mercados financeiros após a reeleição de Barack Obama na semana passada pode ser explicada por um medo generalizado, apontam Rebecca Hellerstein, Patrik Schöwitz , David Shairp e Michael Albrecht, do JP Morgan, em um relatório publicado nesta segunda-feira. As bolsas em todo o mundo caíram nos dias seguintes ao anúncio.

Não estamos convencidos de que a reeleição de Obama tornou o problema do abismo fiscal substancialmente mais complicada, ressaltam. Para eles, é difícil avaliar que as tendências fundamentais postas antes das eleições tenham mudado.

O mercado teme que a economia sucumba ao fiscal cliff, que se refere ao fim de incentivos fiscais aplicados há quase dez anos pela administração de George Bush e ao início de cortes automáticos no orçamento em programas sociais e militares a partir de janeiro de 2013.

O valor a ser retirado da economia pode chegar a 607 bilhões de dólares. O temor dos economistas é de que o crescimento do PIB desacelere ou que afunde para uma nova recessão.

Os democratas aumentaram a presença no Senado de 53 cadeiras para 55 contra 45 republicanos. Ainda assim, o partido precisa convencer mais 5 adversários políticos para atingir os 60 necessários para avançar em qualquer proposta. O Congresso retorna do recesso na quarta-feira, quando os debates devem se intensificar. Obama falou sobre o assunto em sua primeira mensagem semanal após o pleito:

https://youtube.com/watch?v=Mo0TiUzorc8%3Frel%3D0

De uma maneira geral, é difícil resistir à suspeita de que o aumento da aversão ao risco na semana passada se deu largamente por investidores se assustando com a possibilidade de outros se assustando, ao contrário de uma reavaliação dos fundamentos, analisa o JP Morgan.

Rating

Ainda assim, a Moody’s ressaltou hoje que se o país adiar um acordo para resolver o abismo fiscal para o ano que vem precisará ver um compromisso dos congressistas em fechar um acordo orçamentário e um claro cronograma de reformas para manter o rating 'Aaa'. Segundo a agência, a política está muito polarizada e imprevisível".

A agência Standard and Poor’s rebaixou, no ano passado, a nota de crédito do país de AAA para AA+ após um impasse na casa sobre o aumento do limite do endividamento do país. A classificadora disse que o principal gatilho para a revisão foi a divergência entre os partidos políticos quanto à política fiscal.

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