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Investidor de ‘A Grande Aposta’ vê oportunidade no conflito Israel-Irã; guerra comercial preocupa

Steve Eisman, investidor que lucrou com a crise imobiliária de 2008, diz que o conflito pode reduzir riscos geopolíticos e beneficiar os mercados

Publicado em 18 de junho de 2025 às 07h30.

O investidor Steve Eisman, conhecido por lucrar com o colapso do mercado imobiliário dos Estados Unidos na crise de 2008, afirmou que o atual conflito entre Israel e Irã pode ter impactos positivos para os mercados e para a economia global.

Eisman ficou mundialmente conhecido por ter inspirado um dos personagens principais do filme A Grande Aposta, lançado em 2015 e dirigido por Adam McKay. A obra conta a história de investidores que ganharam dinheiro ao apostar contra o mercado imobiliário americano antes da crise.

Em entrevista à CNBC, Eisman avaliou que, sem a escalada das tensões neste mês, o Irã estaria mais perto de desenvolver uma arma nuclear. Segundo ele, isso poderia desencadear uma corrida armamentista no Oriente Médio, aumentando o risco de proliferação nuclear na região.

Para Eisman, apesar do impacto inicial sobre as bolsas e os preços do petróleo, os mercados já começam a absorver a possibilidade de que o desfecho do conflito reduza riscos geopolíticos no médio e longo prazo. Na avaliação do investidor, eliminar o que ele chamou de “ameaça nuclear” do Irã seria um fator de alívio para os mercados.

O episódio, no entanto, reacende controvérsias em torno do investidor, que no ano passado foi afastado da gestora Neuberger Berman após uma publicação polêmica nas redes sociais sobre o número de mortos em Gaza. Eisman classificou a postagem como um erro e apagou sua conta.

Apesar do tom otimista em relação ao Oriente Médio, Eisman também fez um alerta sobre outro risco relevante no cenário global: uma possível guerra comercial provocada pelas tarifas aplicadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Na visão do investidor, caso não haja acordos comerciais, o aumento das tarifas pode levar a uma recessão global. Por outro lado, se os países conseguirem evitar uma guerra comercial, Eisman se mantém otimista com a economia americana no longo prazo.

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