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Interesse por emergentes se mantém elevado, diz IIF

Grandes investidores, como fundos de pensão e seguradoras, têm feito aportes importantes em países emergentes desde meados de março, sobretudo em ações e bônus


	Euro e dólar: segundo o Instituto Internacional de Finanças, a retirada de recursos dos emergentes por estes investidores registrou "notável redução"
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Euro e dólar: segundo o Instituto Internacional de Finanças, a retirada de recursos dos emergentes por estes investidores registrou "notável redução" (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2014 às 15h26.

Nova York - O apetite de investidores estrangeiros por ativos de mercados emergentes continua elevado, mas os aplicadores, agora, estão diferenciando mais entre os países, mostra relatório do Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo.

"Um ambiente relativamente mais construtivo para os mercados emergentes permanece em cena", diz o documento do IIF.

Em busca por ativos baratos e por uma rentabilidade mais atrativa que os juros perto de zero pagos nos Estados Unidos e na Europa, grandes investidores, como fundos de pensão e seguradoras, têm feito aportes importantes em países emergentes desde meados de março, sobretudo em ações e bônus.

Mesmo o investidor de varejo, que aplica quantias bem menores e é mais sensível aos movimentos de curto prazo do mercado financeiro, tem tido um comportamento mais favorável.

Segundo o IIF, a retirada de recursos dos emergentes por estes investidores registrou "notável redução". "Uma rentabilidade atrativa permanece nos emergentes", destaca o IIF.

No caso dos bônus, as taxas ("spreads") pagas por empresas de emergentes pior rating (chamadas de "high yields") para captar recursos estão acima de 650 pontos-base, enquanto uma companhia dos EUA e da Europa com a mesma classificação de risco está pagando um "spread" de 300 a 350 pontos.

No caso das ações, a relação preço/lucro (P/E, em inglês), com base em ganhos esperados, de 9,7 nos emergentes, também registra desconto na comparação com os países desenvolvidos, onde está em 13.


Além de preços atrativos, o IIF destaca que o mercado financeiro internacional mais calmo, com menos oscilações, também ajuda a direcionar os fluxos de capital para os emergentes e estimular o apetite ao risco.

O relatório cita que a volatilidade nas taxas de câmbio do G7 (grupo formado pelos sete países mais ricos do mundo) está no menor nível desde julho de 2007.

Para o IIF, o interesse dos investidores por emergentes foi reforçado na semana passada pelas declarações da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Janet Yellen.

A dirigente ressaltou que o mercado de trabalho dos EUA ainda não se recuperou e o país vai continuar precisando dos estímulos monetários do BC por mais algum tempo. Com isso, os investidores esperam que os juros dos EUA não devem voltar a subir pelo menos até meados de 2015.

Diferenciação

O IIF ressalta que os investidores têm aumentado nas últimas semanas a diferenciação entre os diversos países emergentes em suas apostas. Este movimento pode ser observado, destaca o relatório, tanto na valorização das bolsas, como nos movimentos dos fluxos externos de capital.

Como exemplo, o IIF mostra em um gráfico o desempenho das bolsas dos emergentes e dos fluxos internacionais de recursos desde janeiro de 2013.

No caso das bolsas, os desempenhos dos índices de ações dos emergentes eram muito próximos até meados do ano passado. Esse movimento começou a mudar a partir de julho e agosto e os países vão mostrando desempenho diferentes. Em março, a diferenciação se acelerou.

Com isso, um grupo de mercados emergentes passou a ter valorização nas bolsas muito maior que seus pares.

No fluxo de capital o movimento foi o mesmo e alguns países passaram a crescentemente atrair mais recursos que outros, diz o IIF.

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