As ações da Intel caíram mais de 3% nesta quarta-feira com o pessimismo dos investidores (Reuters/Reuters)
Repórter
Publicado em 16 de abril de 2025 às 19h50.
A Intel informou clientes chineses que vai precisar de uma licença para vender alguns de seus processadores de IA, segundo informações do Financial Times.
A notícia chega um dia após a Nvidia alertar sobre um possível impacto de US$ 5,5 bilhões em seus negócios depois que Washington restringiu as exportações de seu processador de IA desenvolvido especialmente para a China. As ações da Intel caíram mais de 3% nesta quarta-feira com esse cenário de disputa comercial apertada entre Washington e Pequim
Maior fabricante de chips do mundo, a Nvidia teve uma queda de 6,8% nas ações durante o pregão em Wall Street.
A gigante holandesa de ferramentas para fabricação de chips ASML também levantou dúvidas sobre suas perspectivas de mercado no início do dia com a tensão do cenário global.
O H20, chip projetado para atender à demanda da China, foi desenvolvido para cumprir as regras dos EUA, mas pode ser usado em supercomputadores militares, segundo as autoridades americanas.
A receita gerada por esses chips é estimada entre US$ 12 bilhões e US$ 15 bilhões.
A China representa a quarta maior região de vendas da Nvidia, e, de acordo com o CEO Jensen Huang, a receita proveniente do país caiu para metade dos níveis anteriores às restrições. Além disso, a empresa enfrentará novas limitações a partir do próximo mês, conforme as regras de difusão de IA propostas pela administração Biden.
A Nvidia já havia transferido parte de suas operações para fora da China após as restrições de 2022, e a empresa argumenta que mais controles poderiam prejudicar a competitividade dos EUA no setor de tecnologia.