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ING alerta sobre risco de contágio da Grécia e aumenta provisão

Grupo prevê difícil recuperação com um calote desordenado do país

O presidente-executivo do ING, Jan Hommen, alertou para o perigo de uma não solução para a crise da Grécia (Sean Gallup/Getty Images)

O presidente-executivo do ING, Jan Hommen, alertou para o perigo de uma não solução para a crise da Grécia (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 12h25.

Amsterdã - O grupo bancário e de seguros da Holanda ING afirmou que os efeitos da crise de dívida da Europa estão piorando e alertou para sérias consequências de um calote desordenado da Grécia, depois que fez mais provisões para dívidas de difícil recuperação.

A companhia, que anunciou nesta quinta-feira lucro trimestral abaixo do esperado, alertou que a crise de dívida da Europa está afetando a economia real cada vez mais e divulgou uma alta de 21 por cento nas reservas de capital para perdas com calotes no quarto trimestre.

As ações do grupo tombavam 4 por cento, pressionando o índice de ações de seguradoras europeias.

Os rivais Credit Suisse e KBC também divulgaram resultados abaixo do esperado e citaram difíceis condições dos mercados.

O presidente-executivo do ING, Jan Hommen, alertou para o perigo de uma não solução para a crise da Grécia.

"Ninguém sabia o que estava acontecendo quando o Lehman (Brothers) caiu. Ninguém realmente sabia o quais seriam as consequências e é por isso que eu acho que a questão é muito perigosa para não se ter uma boa solução para isso", disse Hommen a jornalistas.

"Pode ter consequências de contágio e consequências que podem ser muito mais que diretas. As consequências indiretas podem ser realmente significativas. Pode ser que não estejamos mais expostos diretamente, mas indiretamente nós podemos estar", acrescentou.

O grupo divulgou um lucro líquido de 1,19 bilhões de euros no quarto trimestre enquanto a expectativa de 10 analistas consultados pela Reuters variava de ganho entre 1,34 bilhão e 2,45 bilhões de euros.

As provisões para perdas com empréstimos subiram para 530 milhões de euros no período, contra 437 milhões de euros na comparação anual.

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